No aniversário de Caxias do Sul, o clube local Juventude recebeu o Brasil de Pelotas em um clássico gaúcho pela Série B do Campeonato Brasileiro. Na fria noite de jogo realizado no estádio Alfredo Jaconi, o líder do campeonato saiu atrás em tento de Rafinha, buscou o empate na etapa final em jogada em que o atacante Ramon contou com o desvio do zagueiro Evaldo, mas um gol do outro defensor rubro-negro, Leandro Camilo, aproveitando cobrança de escanteio, recolocou o Xavante na frente do marcador.

Com o triunfo, o Brasil de Pelotas agora soma três vitórias contra o Juventude em torneios nacionais. São dois triunfos dos jaconeros e um total de cinco empates em 10 partidas. Foi a segunda vitória consecutiva do Xavante no Campeonato Brasileiro, que encosta no G-4, com 14 pontos. E ele volta a campo diante do Internacional no próximo sábado, em mais um duelo de gaúchos. O ainda líder Juventude tropeçou pela primeira vez com derrota, possui 18 pontos na tabela e volta a jogar no sábado diante do Londrina, no estádio do Café.

Brasil aguenta na marcação e define no talento de Rafinha

Um duelo de gaúchos, tchê. Em Caxias do Sul, o jogo de reencontros entre quem vestiu a camisa de um e agora está do outro lado. Apesar da expectativa para lei do ex, o assunto mais tratado era o do meia Wagner, ex-jogador do Caxias, rival do Juventude e que muito provocou os esmeraldinos durante a passagem pelo grená.

Em campo, dois esquemas táticos semelhantes para o Juventude de Gilmar dal Pozzo e o Brasil de Pelotas de Rogério Zimmermann. Um atacante isolado esperando bola para cada lado, com Thiago Marques de cinco gols pelo Ju e Lincom de quatro gols pelo Xavante.

Em casa, o Juventude começou melhor. Teve um lance de cobrança de falta em impedimento, quando Eduardo Martini espalmava uma cabeçada. Em seguida, Ramon tocou para Thiago Marques, que limpou o marcador e chutou cruzado para fora. Aos 8 minutos, Ramon seguia a fim de jogo, conduziu para o meio e chutou rasteiro para Martini defender mais uma.

O ritmo não era intenso, mas o Juventude levava vantagem, mais presente no campo de ataque e com muito voluntariado de Ramon, atacante pela esquerda. Na defesa, o goleiro Matheus saiu jogando errado, Bruno Lopes interceptou, carregou e chutou a bola muito próxima do ângulo aos 21 minutos.

Os jaconeros estavam presos na marcação, não chegavam mais com perigo e o golpe foi fatal. Aos 29 minutos, em jogada individual do meia Rafinha, ele trouxe para perna direita e finalizou em chute seco, no canto da meta, no fundo das redes: 1 a 0 para o Brasil. O Juventude não obteve reação plausível para empatar na etapa inicial e somente no último minuto Diego Felipe recebeu de Vinicius e chutou direto por cima do alvo, para o árbitro encerrar o primeiro tempo.

Juventude busca empate, mas Leandro Camilo garante vitória do Rubro-Negro

Bastava saber como se comportaria o Juventude no segundo tempo, após sofrer seu primeiro gol no Jaconi e tendo a sua invencibilidade sendo retirada na Série B. No Xavante, Leandro Leite voltou ao time no lugar de João Afonso. Era o retorno do capitão, que esteve ausente contra o Vila Nova por suspensão. Como esperado, as primeiras providências foram dos esmeraldinos. Wallacer cobrou uma falta direto e Martini defendeu sem problemas, aos 4 minutos. Do outro lado do campo, Wagner disputou jogada na área e pediu pênalti em chegada de Caprini, mas nada foi marcado.

Na primeira confusão mais tensa da partida, Evaldo, Wagner e Fael receberam o cartão amarelo. Cobrada essa falta em favor dos jaconeros, o Juventude chegou ao empate. Chute de longe de Caprini, Martini foi ao canto mas falhou e Ramon marcou o gol da igualdade no Alfredo Jaconi: 1 a 1.

Com chance para responder pelo Xavante, o lateral-esquerdo Marlon cobrou falta de longe e o meia Wagner se infiltrava para marcar, mas errou o alvo na finalização de primeira da pequena área, aos 19 minutos. E surpreendentemente melhor após sofrer o empate, o Brasil tentou em cobrança de falta direta de Rafinha aos 26 minutos, mas Matheus saltou ao ângulo e espalmou para escanteio. Quando este foi cobrado da esquerda, não teve jeito. Rafinha suspendeu e Leandro Camilo cabeceou para fazer a bola encobrir esquisitamente o arqueiro: 2 a 1 ao Xavante.

Os minutos finais eram de pressão dos locais, com o Xavante buscando sair em contra-ataque na entrada de Marcinho. Caprini finalizou mal e jogou direto pela linha de fundo. Em outros lances, faltava precisão de último passe ou finalização dos alviverdes no estádio Alfredo Jaconi. Foram longos quatro minutos de acréscimos até o apito final. O auxiliar de arbitragem marcou um impedimento absurdo do ataque do Rubro-Negro. No lance seguinte, Ramon teve a grande chance de re-empatar, mas errou o alvo. Apesar dos sustos, havia tempo para mais nada e o Xavante comemorou a vitória na fria serra gaúcha por 2 a 1. Encostou no G-4 da competição.