A saída do volante Rafael Carioca para o Tigres, do México, consolidou de vez a formação com dois volantes no Atlético-MG. Os meio-campistas Adilson e Elias são símbolos de uma fase em que o Galo está com uma boa compactação defensiva e uma boa saída de bola para o ataque.

Os dois volantes jogaram juntos nas últimas duas partidas, onde o Atlético saiu vitorioso: 2 a 1 contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, e 1 a 0 diante do Paraná, em Belo Horizonte. Apesar de pouco tempo juntos, as funções no time são bem claras. Adilson é responsável pela marcação, enquanto Elias se encarrega da transição da defesa para o ataque, além de ser uma grande opção surpresa no ataque.

Adilson elogiou bastante o seu companheiro de equipe e o fato de Elias dar suporte tanto na defesa quanto no ataque.

“O Elias está jogando mais confortável, mais dentro das características dele. É importante eu dar o suporte na marcação. E ele tem aparecido bem na marcação também. Tem mostrado o valor, pela qualidade e histórico dele”, exaltou.

O volante alvinegro ainda analisou a equipe com três volantes e diz preferir a formação atual por ter mais jogadores de mobilidade dentro do campo.

"A característica do Rafael [Carioca] é um pouco mais de contenção. A gente tinha o esquema com três volantes, em que ele fazia a ligação do jogo, ficava mais centralizado. Assim [com dois volantes] a gente tem jogadores com um pouco mais de mobilidade, na minha visão. A gente tem aparecido na frente, atrás", analisou.

No total, Adilson já soma 23 partidas em pouco mais de cinco meses desde a estreia com a camisa alvinegra. O número é muito próximo da quantidade total de jogos na temporada completa de 2015/16, quando o volante ainda defendia o Akhmat Grozny. Naquele ano, foram 26 jogos pelo torneio nacional.

"Estou, até o momento, satisfeito com a quantidade de jogos. Estava conversando com o Guilherme (Fialho, fisioterapeuta do clube), e estava bastante contente, pois esperava talvez uma dificuldade maior por conta da cirurgia no púbis no ano passado", comemorou Adilson, que estabeleceu a meta de jogar pelo menos 40 partidas no ano.