Com a paralisação do Campeonato Brasileiro devido aos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2018, o Fluminense teve mais tempo para descansar e se preparar para o confronto contra o Vitória, no domingo (10). Na coletiva desta sexta-feira (8), no CT, o técnico Abel Braga destacou a evolução de Sornoza, indicou o retorno de Douglas e confirmou Robinho entre os relacionados.

"Cada vez mais, tanto o Douglas quanto o Sornoza estão mais soltos. O Douglas leva uma vantagem pois, apesar desse tempo de lesão, ele não parou. O Sornoza parou. Há possibilidade de ter um ou outro na equipe é grande. Dentro disso, o potencial da equipe cresce muito. A recuperação de dois jogadores desse porte é muito bom", disse.

Abel não confirmou o time titular. A única certeza é que o Fluminense não tem desfalques por suspensão e o treinador pode repetir a escalação dos últimos jogos. Abelão descartou a possibilidade de começar com Douglas e Sornoza entre os titulares. Caso Douglas comece a partida, o candidato a deixar a equipe é Orejuela.

"O Douglas, se for escolhido, não vai sentir. Ele vem treinando bem, fazendo coletivo e jogo-treino. Cada vez sinto o Sornoza mais solto, mais próximo do que ele é. Agora, começar a partida de domingo com os dois é muito risco. O grupo se sente bem com ambos, eu também. Eles estão aptos a jogar. Um naturalmente, o outro pode chegar a 60 minutos", explicou.

Além do retorno do volante Douglas, outra novidade no Fluminense será a estreia de Robinho, contratado pelo Figueirense em agosto e registrado apenas nesta semana. O técnico Abel Braga elogiou o atacante, confirmou que ele será relacionado, mas deve deixar o reforço no banco.

"Robinho faz parte do grupo, vai com a gente. Ele tem ido bem nos treinos, é inteligente. A gente teve nesse tempo de parada, então, conseguimos conversar e treinar bem", afirmou.

Com todas essas novidades entre os relacionados, o provável time titular do Fluminense contra o Vitória é: Júlio César; Lucas, Henrique, Renato Chaves e Marlon; Marlon Freitas, Douglas (Orejuela), Wendel e Gustavo Scarpa; Wellington Silva e Henrique Dourado. Em 9º lugar com 30 pontos, o Flu enfrenta o Vitória, no domingo (10), às 16h (de Brasília), no Barradão, em Salvador.

Confira outros trechos da coletiva:

Postura da equipe contra o Vitória

"Quando pontua fora de casa, o time teve postura ofensiva. O time da casa tem de propor o jogo. O Brasileiro tem uma característica: está mudando a forma de atuar fora de casa. Os times estão marcando pressão, diminuindo espaços. Se vê que os times estão bem treinados. Temos de estar precavidos. Treinamos para poder melhorar. Fiz dois coletivos durante a semana, o treinamento mais parecido ao jogo. Não gosto, mas fiz isso para dar ritmo ao Douglas e ao Sornoza."

Qualidades do Vitória

"Não tem isso de lado forte e lado fraco. Neilton passa por um bom momento. A equipe subiu com a entrada do Trelles. Vi uma entrevista que o Mancini busca o erro zero. Sim, mas isso é quase impossível. Tentamos também. A gente procura aproveitar o erro do adversário, mas não vamos jogar esperando uma bola, meu time não sabe jogar assim. Sabemos que qualquer erro nosso pode custar caro, como tem custado. O erro que tivemos contra o Vasco foi absurdo. Estamos nos preparando para isso."

Lateral para a área

"Eu faço essa jogada especialmente com o Léo. No Brasil, é ele, o Marcos Rocha e o menino lá do Palmeiras. São os que têm potência no braço. Mas isso não é braço forte ou fraco, é o jeito. O Vitória também faz isso. Pelos jogadores que vão atuar, a bola não chega onde eu gostaria. Com o Léo, chegaria."

Jogo contra a LDU pela Copa Sul-Americana

"O sentimento do torcedor, a gente tem de ter conhecimento do que ele sente. Temos de saber da paixão dele. Mas a gente não pode pensar como torcedor. Eu, particularmente, não queria enfrentar a LDU pois tenho de ir a Quito. É uma viagem chata, horário ruim. Eles perderam um jogador importante, o Barcos, por suspensão. Eles não estão bem no campeonato, vão tentar de tudo para ter bom resultado aqui. Não creio que terei trabalho nesse aspecto emocional. Nem eu e nem os jogadores faziam parte daquele jogo, daquele momento. Por isso, não acredito. Existem os tabus que precisam ser quebrados. Quem sabe não quebramos?"