O lateral Diogo Barbosa foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores acertos do Cruzeiro em 2017. Depois de duas temporadas de instabilidade na lateral-esquerda celeste, o atleta, contratado junto ao Botafogo, no início do ano, virou o dono da posição. Titular desde o início da temporada, o jogador disputou 58 jogos, dando 11 assistências e anotando dois gols.

Uma das missões da nova diretoria é assegurar a permanência do lateral para a próxima temporada. Para isso, os dirigentes precisarão desembolsar 1 milhão de euros (3,7 milhões de reais) para adquirir 25% dos direitos econômicos do atleta junto ao Coimbra, que detém parte do jogador. 

Em entrevista à Rádio Itatiaia, após a vitória contra o Fluminense, partida na qual Diogo Barbosa marcou o segundo gol (foto), o atleta desabafou sobre a situação. 

"Para ser sincero, não (fui procurado). Preocupa, muito. É uma situação que dá uma certa dor de cabeça para o atleta. Principalmente para mim, que fiz um ano muito bom. Se fosse um atleta que não fez nada no ano, tudo bem. Mas é um atleta que se destacou, tem regularidade, foi campeão com o clube e não resolve logo a situação. Então assim, isso me chateia muito. Mas, fazer o que. É o que eu falo. Estou aí. Se querem minha permanência, fico na maior alegria, na maior felicidade. É o que eu quero. Mas se a nova diretoria não achar que é isso. Vou seguir minha vida", comentou. 

A situação não é das mais fáceis, já que o Cruzeiro passa por um momento de crise financeira e conta com concorrência no mercado. A nova diretoria tem cerca de um mês e meio para exercer a compra dos 25% do jogador. Diogo Barbosa revelou certa chateação com a incerteza sobre sua permanência no clube.

"Me chateia essa enrolação. Vai deixar tudo para o fim do ano. Eu não sou dono dos direitos do meu passe. Não sou eu quem resolve a situação. Se não resolver logo, as outras pessoas vêm e resolvem", disse.

Entenda a situação

Diogo Barbosa tem contrato com o Cruzeiro até dezembro de 2018. No entanto, o clube detém apenas 25% do jogador, já que os outros 75% pertencem ao Coimbra e a um grupo de empresários. Caso adquire mais 25%, detendo assim 50% do jogador, a diretoria terá maior poder de decisão no futuro do jogador, podendo também ter maior lucro numa possível venda. 

Se o Cruzeiro receber uma proposta de 4 milhões de euros (cerca de 14,8 milhões de reais), teria que cobrir o valor. Se não receber, seria obrigado a liberar o atleta. Entretanto, o Coimbra e o grupo de empresários que detêm maior parte dos direitos econômicos, pretendem liberar o jogador apenas com uma proposta de 7 milhões de euros, cerca de 26 milhões de reais. 

Em agosto deste ano, o Cruzeiro recusou uma oferta do Galatasaray, no valor de 4 milhões de euros. Existem rumores que o Palmeiras também estaria tentando contar com o jogador em 2018.