Depois de gravar seu nome na história gremista como jogador, Renato Portaluppi deixa sua marca outra vez no clube, mas desta vez, ocupando a casamata. Finalista da Copa Libertadores da América, o comandante do tricolor gaúcho completa na próxima quarta-feira (22/11), 23 jogos sob o comando do time na competição, tornando-se o maior treinador do Grêmio em jogos do torneio continental.

Tudo teve início em 2011, quando Renato Portaluppi completava a sua primeira passagem como treinador do Grêmio. Com a sua chegada em 2010, o time conseguiu se recuperar no Campeonato Brasileiro, encerrando a competição em 4° lugar, o que lhe garantiu uma vaga na Libertadores de 2011.  Na oportunidade, disputou 10 partidas e após passar pela fase preliminar e etapa de grupos, caiu nas oitavas de final, para o Universidad Católica, do Chile.

A eliminação no torneio e a derrota na final do Campeonato Gaúcho para o Internacional culminaram para que Renato pedisse demissão. Ao todo, o ídolo da torcida esteve à frente do Grêmio em 66 partidas durante 2010 e 2011. Foram 34 vitórias conquistadas, 16 empates e 16 derrotas. Um aproveitamento de 59,5% dos pontos, em 11 meses de trabalho.

Em 2013, após a demissão de Vanderlei Luxemburgo, o camiseta 7 tricolor voltava ao posto de técnico do clube. Assumiu a equipe a partir da sexta rodada do Brasileirão, diante do Atlético-PR e terminou o campeonato na vice-liderança. Entretanto, a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, para a mesma equipe paranaense, resultou na demissão do técnico ao final da temporada, com um aproveitamento de 54%.

Após demissão em 2013, Renato Portaluppi garantiu que iria voltar a ser treinador do Grêmio. Foto: (Reprodução/Sportv)
Após demissão em 2013, Renato Portaluppi garantiu que iria voltar a ser treinador do Grêmio.
Foto: Reprodução/Sportv

Logo após a saída em 2013, em entrevista Renato Portaluppi  deixou em aberto a possibilidade de voltar a treinar a equipe, garantindo que um dia voltaria:  “Eu não descarto essa possibilidade. Quem não gostaria de treinar um grande clube como o Grêmio, o clube do meu coração. Não está fora dos meus planos. Tenho certeza de que um dia eu vou voltar”, afirmou Renato em 2013.

E, o destino quis que a promessa se concretizasse. Novamente, em 2016, Renato Portaluppi estava de volta ao comando da equipe para consagrar seu nome entre os maiores treinadores do clube.

Quebrando o jejum de 15 anos sem um título nacional, Renato trouxe de volta o espírito copeiro à equipe. Foi campeão da Copa do Brasil em 2016, e agora luta pela taça da Copa Libertadores.

Ao trilhar os caminhos da equipe até a final, o treinador também atingiu a marca de 22 jogos comandando o Grêmio em edições da Libertadores, igualando-se ao saldo do técnico Tite, que até então ocupava o posto de recordista em jogos como treinador do clube na competição. 

Foto: (Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Foto: (Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Na próxima quarta-feira, na Arena do Grêmio, o time encara o Lanús pelo primeiro jogo das finais da Libertadores. Na ocasião, Renato Portaluppi completará 23 jogos à beira do campo,tornando-se assim, o maior treinador do Grêmio em edições da Copa Libertadores da América.

E a marca pode ir além. Caso o time do comandante seja campeão neste ano, Renato Portaluppi integrará o ral de técnicos campeões da América, ao lado de Valdir Espinosa e de Luiz Felipe Scolari, ambos campeões com o Grêmio em 1983 e 1995, respectivamente.