Após frustração em vice-campeonato da Sul-Americana, a cabeça de Réver já está recuperada - pelo menos do trauma físico. Em empate do Flamengo com o Independiente, o zagueiro se chocou com Tagliafico, ficou sangrando e teve que usar uma touca de natação para seguir em campo. No pós-jogo, o atleta recebeu oito pontos no local, mas garantiu que tudo não passou de um susto.

"Com a cabeça, está tudo bem. Acho que só saio atordoado pelo resultado, porque não conseguimos nosso objetivo que era o título. Mas a cabeça está boa do trauma. Foi só mais um susto", afirmou à Fox Sports.

O zagueiro foi justamente quem desperdiçou a última chance do Flamengo no jogo. Para Réver, o contato com a touca molhada acabou desviando a trajetória da bola; o camisa 15 do Rubro-Negro ainda lamentou profundamente o fracasso no torneio continental no Maracanã.

Cuéllar é expulso no Maracanã e desfalca o Flamengo na estreia da Libertadores em 2018

Réver foi um dos que criticou a arbitragem no Maracanã (Foto: Carl de Souza/AFP via Getty Images)
Réver foi um dos que criticou a arbitragem no Maracanã (Foto: Carl de Souza/AFP via Getty Images)

"Naquele momento eu tinha que fazer o gol, mas com o movimento que fiz com a touca molhada, senti que a bola acabou deslizando um pouquinho. Estava na linha do gol, não tinha como errar. o futebol infelizmente é dessa maneira. (...) A gente que vive o futebol sabe que ele nos prega algumas coisas que nós não entendemos agora, mas mais pra frente a gente vai passar a entender. Sentimento de tristeza profunda. É complicado, a gente tem maneiras de trabalhar. (Quando) acontecem essas coisas dentro de casa, a gente não entende", completou.

Réver ainda falou sobre a principal polêmica de arbitragem da noite: o pênalti duvidoso para o Independiente por falta de Cuéllar em Meza. Em entrevista, o zagueiro criticou a marcação do lance e ainda questionou a postura do árbitro a respeito dos recursos de vídeo.

"Sem dúvidas, a gente procura tirar uma lição o quanto antes. Sabíamos que seria um jogo muito difícil. (Houve) um pênalti, na minha avaliação, inexistente. Colocaram alguns recursos para ajudar o árbitro, mas pelo jeito ninguém consulta ninguém. O correto é o árbitro consultar, ficou em dúvida. Ficou falando que o Cuéllar tinha puxado, depois mudou de ideia durante esse tempo de revisão. Acabou fazendo o que bem entendeu e ficamos de mãos atadas. Depois não podemos falar com o árbitro porque senão é ofensa, tem que ter respeito...Infelizmente futebol é dessa maneira", concluiu Réver.

Já de férias, o elenco do Flamengo se reapresenta no CT Ninho do Urubu na segunda semana de janeiro. O primeiro compromisso de 2018 é a estreia no Campeonato Carioca, contra o Volta Redonda, no dia 17 de janeiro.