Na noite de quarta-feira (10), o Corinthians estreou na Florida Cup e estreou com o pé direito. O alvinegro paulista venceu o PSV Eindhoven nas penalidades, após empatar no tempo normal por 1 a 1, com gols de Rodriguinho para os brasileiros e Lammers igualou no último minuto da partida para os holandeses.

Agora, as duas equipes se preparam para o próximo confronto de pré-temporada. Os holandeses vão à campo na próxima sexta (12), contra o Fluminense. Enquanto o Corinthians enfrenta os Rangers tradicional equipe da Escócia.

Pressão, organização tática e gol

Com o provável elenco titular, o alvinegro se mostrou no ritmo dos holandeses, que estão na metade de sua temporada, na Europa. Embora o nível físico não fosse um empecilho, o PSV adiantou a sua marcação e passou a dificultar a saída de bola do Corinthians, que foi incomodado com as bolas aéreas que encontravam o atacante De Jong nos escanteios e cruzamentos. Apesar das chances criadas, Cássio foi exigido a fazer uma boa defesa no chute do mexicano Lozano.

Enquanto a pressão nas linhas ofensivas incomodava as saídas de bola, quando o Corinthians tinha a bola trabalhava com os laterais muito ofensivos, ora com Fagner, ora com Juninho Capixaba, que estreou aplicando dribles e mostrando eficiência na marcação.

Depois da metade da primeira etapa, o PSV não incomodava tanto quanto no início do jogo e o alvinegro passou a ter mais espaços para trabalhar jogadas ofensivas com Clayson e Romero muito acionados nas pontas à procura de Kazim, que fazia o tradicional pivô para dar espaço na passagem dos pontas.

Tal jogada teve o seu êxito aos 23 minutos, quando Clayson foi derrubado na ponta da área e Jadson encontrou Rodriguinho se infiltrando que tocou para o fundo das redes e vencer o goleiro Zoet.

(Foto: Gregg Newton/Getty Images)
(Foto: Gregg Newton/Getty Images)

Após o gol, o Corinthians se mostrou mais solto na partida e passou a abusar das jogadas em velocidade com Romero e utilizando da força física de Kazim, que veio a dar trabalho para a defesa holandesa. 

Já os adversários, não souberam aproveitar as chances e também foram inibidos de qualquer investida no ataque, visto que a organização e a velocidade na recomposição do time do Corinthians foram fatores decisivos para que o resultado fosse obtido na primeira etapa.

Outro tempo, outro time

Quando o apito soou para o início do segundo tempo, o técnico Fábio Carille entrou com um time totalmente diferente da primeira etapa. Os jogadores considerados reservas eram: Caique França, Léo Príncipe, Warian, Léo Santos e Guilherme Romão; Fellipe Bastos; Marquinhos Gabriel, Camacho, Maycon e Giovanni Augusto; Júnior Dutra.

Por serem considerados reservas, a organização tática no posicionamento dos atletas não aconteceu com tanta eficiência quanto na primeira etapa. O PSV crescia no jogo, visto que continuou com a sua equipe titular e incomodava a defesa alvinegra, além do mais, a partida passou a ser paralisada diversas vezes por conta do excessivo número de faltas cometidas por ambos os lados.

A superioridade física e no quesito de entrosamento era evidente por parte do PSV, que incomodou boa parte do segundo tempo ocupando o campo de defesa do Corinthians, mas sem criar jogadas que levassem perigo a Caíque França. Apenas as bolas aéreas eram o ponto fraco da defesa alvinegra, que viu De Jong cabecear com perigo em todas as oportunidades que lhe foram concedidas.

Após 20 minutos de pressão adversária, a equipe alvinegra passou a valorizar a posse de bola e procurou Giovanni Augusto em suas infiltrações dentro da área, assim como Camacho, que auxiliava na criação de jogadas ofensivas.

Do lado adversário, Pereiro e Bergwijn eram quem criavam jogadas para De Jong finalizar. Entretanto, Cocu promoveu a entrada de jogadores do plantel do time holandês, e o Corinthians viu o brasileiro Mauro Júnior perder um gol cara a cara com Caíque França.

Seguindo pressionando, os cruzamentos eram vistos em demasia por parte do PSV, enquanto o Corinthians passou a somente se defender e trabalhar no contra-ataque que era pouco aproveitado, visto que a marcação adversária e a falta de entrosamento, dificultavam o contragolpe.

Aos 87 minutos, Mauro Júnior ainda saiu cara a cara com Caíque, que fez uma defesa providencial. Entretanto, faltando 30 segundos para o apito final, Lammers acerta um chute após confusão dentro da área e encaminha a partida para as penalidades.

Penalidades

Os jogadores do Corinthians converteram todas as cobranças, e os do PSV vinham convertendo até chegar em Lammers, autor do gol no tempo normal, contou com o tempo de reação de Caíque França que defendeu o chute do jogador do time holandês colocando o time na frente e Giovanni Augusto colocou um ponto final quando converteu a quinta cobrança e deu a vitória para o alvinegro, para deleite dos torcedores presentes em Orlando.