Fluminense e Botafogo farão o primeiro clássico do Rio de Janeiro no ano. Em partida válida pela segunda rodada da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, as equipes treinadas por, respectivamente, Abel Braga e Felipe Conceição, se encontrão no Maracanã, grande palco do estado. Apesar do tamanho do confronto e de toda a sua história, a partida desse sábado (20), promete ser um tanto quanto abaixo do esperado, já que os dois times ainda estão em fase de preparação para a temporada.

Dessa maneira, a VAVEL Brasil relembrará uma partida entre as duas equipes, que teve um final feliz para o Botafogo. Em 2011, o Tricolor e o Alvinegro se enfrentaram no Estádio Nilton Santos, pela sexta rodada da Taça Guanabara daquele ano. Naquele dia, a equipe treinada por Joel Santana sairia vitoriosa com um 3 a 2 no placar de virada, em um jogo marcado por muitas emoções e expulsões.

Ficha técnica

Fluminense: Diego Cavalieri; Mariano, Leandro Euzébio (André Luis), Gum, Carlinhos; Edinho, Valencia, Souza (Araújo); Conca; Rafael Moura (Fernando Bob), Fred. Técnico: Muricy Ramalho

Botafogo: Jefferson; Antônio Carlos, João Filipe (Egídio Arévalo Rios), Márcio Rosário; Alessandro (Somália), Marcelo Mattos, Bruno Tiago, Renato Cajá (Éverton), Márcio Azevedo; Herrera, Loco Abreu. Técnico: Joel Santana

Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca; Auxiliares: Wagner de Almeida Santos e Jackson Massarra dos Santos

Data: 6 de fevereiro de 2011

Cajá abre o placar, He-Man vira e muita confusão: o primeiro tempo

A partida era muito truncada nos seus primeiros minutos. Faltava criatividade às equipes, que não conseguiam jogar o suficiente para criar uma chance real de gol. Os badalados e fortes ataques formados por, respectivamente, Herrera e Loco Abreu e Fred e Rafael Moura não encontravam maneira de atacar, o que resultou em um jogo pouco técnico e muito disputado.

Como estava complicado criar algo por meio de toques ou triangulações, o Botafogo abriu o placar por meio da bola da parada: aos 23 minutos, o ala-direito Alessandro percorreria praticamente o campo todo, sendo derrubado por Carlinhos pelo lado esquerdo do ataque do Botafogo, perto da área. Na cobrança de falta, Renato Cajá cobrou de maneira perfeita, no ângulo de Diego Cavalieri, para abrir o placar.

A alegria alvinegra, porém, duraria pouco, já que, após o gol, o Fluminense melhoraria na partida e, sete minutos depois do tento de Cajá, empataria as ações: após cobrança de escanteio, o estreante Rafael Moura castigaria o Botafogo em uma de suas principais armas, a bola aérea. O camisa 10 superou Loco Abreu no alto para finalizar sem chances para Jefferson.

O âmbito tricolor, porém, esfriaria: aos 40 minutos, Renato Cajá encontraria Herrera com um passe rasgando a defesa adversária e Valencia, muito atrasado, chegaria muito atrasado, derrubando o argentino. Os jogadores do Botafogo, então, iriam pra cima do árbitro, pedindo um segundo cartão amarelo ao equatoriano. No meio dessa confusão, Loco Abreu levaria cartão amarelo e o volante do Fluminense seria expulso.

Tudo parecia positivo ao Botafogo. Poucos minutos depois da expulsão de Valencia, Renato Cajá acertaria a trave com uma finalização de muito longe. Mas, mesmo com um a menos, o Tricolor das Laranjeiras viraria o jogo. Após cobrança de falta do meio-campo, Fred cabecearia com liberdade, Jefferson faria uma defesa fantástica, mas, no rebote, Rafael Moura, completamente livre, apenas completaria para o fundo das redes.

Quando tudo parecia estar acabado, um primeiro tempo que começou tímido ganharia um novo capítulo: aos 46 minutos, Márcio Azevedo cobraria falta, mas a defesa do Flu afastaria. No rebote, Conca chegaria primeiro, mas seria derrubado com um forte entrada de Marcelo Mattos, que chegou atrasado. Sob muita pressão, o árbitro expulsaria o volante do Botafogo com um cartão vermelho direto, colocando as duas equipes com dez jogadores.

Pênalti perdido, mais confusão e ‘culhão’: o segundo tempo

Assim como no primeiro tempo, a etapa complementar começaria com tudo. Logo com seis minutos, o Botafogo teria um pênalti, quando, após uma cobrança de falta de Renato Cajá, Rafael Moura seguraria Loco Abreu dentro da área. Na cobrança, o uruguaio daria sua famosa cavadinha, mas Diego Cavalieri, que permaneceu estático, defenderia, indicando para que o atacante tivesse calma, fazendo um sinal com com suas mãos.

Três minutos depois, porém, o uruguaio teria a chance de “se vingar” do porteiro tricolor. Alessandro encontrou Bruno Tiago dentro da área, que, após um combate físico com Edinho, foi derrubado pelo camisa 5 do Fluminense. Sob muita polêmica, Loco Abreu bateria no estilo de outra cavadinha, mas, dessa vez, com a bola indo para o lado esquerdo, o suficiente para vencer Cavalieri. A partir daí, surgiria uma das famosas comemorações do atacante com a camisa alvinegra, o “culhão”, que fez a torcida inflamar.

Aos 18 minutos, a virada e a explosão: Alessandro roubou a bola de Carlinhos de uma maneira perfeita, conectou Renato Cajá, que conduziu até onde deu e tocou, em profundidade, tirando qualquer opção de corte da defesa do Fluminense, para Herrera, que não tremeu e finalizou, tirando de Diego Cavalieri e marcando o terceiro gol do Botafogo. A torcida presente no estádio pegaria, literalmente, fogo, com a grande atuação da equipe de Joel Santana no segundo tempo.

Após o gol, o Botafogo se focaria em defender, tentando aproveitar os contra-ataques. Loco Abreu teria mais duas chances de finalizar, mas pararia em Diego Cavalieri em ambas. Já no final da partida, o Fluminense colocaria uma pressão, buscando o empate, até chegou a assustar, mas não conseguiu marcar um gol, decretando números finais à partida.

Confira os melhores momentos do jogo