Nesta quarta-feira (21), o Vasco​ jogará contra o Jorge Wilstermann, na altitude de Sucre. Será a última etapa para a classificação iminente do Cruzmaltino à fase de grupos da Copa Libertadores da América. Titular absoluto do time, o argentino Leandro Desábato comentou sobre como a equipe carioca deve se portar diante dos bolivianos e da altitude.

Sobre os cuidados necessários que o elenco deve ter para esta partida, o volante alertou: "Vai ser um jogo muito forte, principalmente pela altitude. Temos uma boa vantagem por termos vencido por 4 a 0, mas temos que estar tranquilos e jogar como um grupo, em equipe, um ajudando o outro. A atenção tem que ser em todas as jogadas. Nosso adversário vai tentar fazer o jogo dele, mas se estivermos concentrados nos 90 minutos vamos seguir adiante." 

Em entrevista concedida ao Globo Esporte, o argentino comentou sobre o carinho da torcida, sobre os latidos que são proferidos a cada lance que toca na bola: "(Sobre os latidos) Eu custei a entender, até que o Henrique disse que a torcida estava fazendo isso para mim. Aí eu disse: 'Ahhh, obrigado por avisar'. É inexplicável que em tão pouco tempo, e sendo de outro país, a torcida faça esse gesto de gentileza e me faça sentir dessa maneira. É uma emoção e me dá muita força para o que está por vir". 

Apesar de ser apenas o seu segundo time na carreira, mesmo tendo 27 anos, Desábato comentou os fatores que influenciaram sua rápida adaptação no Vasco e também no futebol brasileiro: "Tem sido uma experiência muito linda desde o primeiro dia que cheguei. Isso ajudou na minha adaptação. A presença do Ríos e do Martín Silva me ajudou muito para que fosse mais rápido eu me acostumar ao futebol brasileiro e aos costumes do país. Acho que tive um bom rendimento desde o primeiro jogo, e isso me deu mais confiança para ir me soltando." 

Fonte: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Questionado sobre a diferença do futebol argentino para o brasileiro, o atleta pontuou: "É parecido, mas acho que os jogadores argentinos são mais aguerridos, marcam mais, correm mais. Os brasileiros gostam mais de ter a posse de bola, são mais técnicos, com muito talento. Acho que essa é a maior diferença." 

Finalizando a entrevista, o jogador argentino comentou sobre sua adaptação no Rio de Janeiro e a sua impressão com a paixão dos torcedores: "É uma cidade muito linda, turística, com bonitas praias e seus costumes, como o Carnaval. Estou começando a falar um pouquinho o português também, e, com o passar dos dias e meses, é um objetivo meu falar bem o idioma. Isso me ajuda também na adaptação. Vim com minha esposa e minha filha. Primeiro vim sozinho, e depois elas vieram.

"É um grande apoio para mim, e muito legal compartilhar esse momento com elas. Eu nunca tinha vindo ao Brasil, e me impressionou os morros e as bonitas praias. Também me impressionou a paixão que as pessoas têm pelos seus clubes. Vejo nas ruas pessoas com a camisa do Vasco, Flamengo, Fluminense... A emoção que eles têm é muito grande." - concluiu.