Com direito a muitos quero-queros no gramado do Estádio Novelli Júnior, o Ituano derrotou o São Paulo por 2x1 em jogo adiado da sétima rodada do Campeonato Paulista. Os gols foram de Ronaldo, Alison e Cueva.

Esse foi um resultado importantíssimo para os rubro-negros, que não venciam desde a primeira rodada do campeonato, contra o São Caetano. Com os três pontos, o time assume a segunda colocação do grupo A, liderado pelo Corinthians.

Já o Tricolor teve sua segunda derrota, consecutiva, contando a derrota no clássico contra o Santos no fim de semana. Porém, permanecem líderes do grupo B, tendo uma vitória a mais que a Ponte Preta.

Agora com o mesmo número de jogos que os demais, o Ituano recebe o Red Bull Brasil na próxima segunda-feira (26). Enquanto isso, o São Paulo, também em casa, encara a Ferroviária no domingo (25).

Sem tomar sustos, Ituano merece o resultado

Mesmo com três meias de origem no time titular, Cueva, Nenê e Diego Souza, o que faltou para o São Paulo foi criatividade. A equipe sofreu com poucas jogadas construída, de pé em pé, para chegar ao gol adversário.

Isso fica claro pelo fato de que as únicas chances de perigo foram de jogadas individuais, como a de Cueva, arrancando do meio de campo, mas finalizando mal, para fora. E Jucilei, que encontrou uma sobra de bola e bateu de primeira para ótima defesa de Vágner.

Por outro lado, o Ituano soube se comportar como um verdadeiro mandante. Pressionou bem as saídas de bola e, quando a teve, não a desperdiçou, mesmo com os lançamentos diretos exagerados no começo da partida.

O primeiro gol veio após Cueva tocar mal no meio campo, permitindo que Guilherme aguardasse o último segundo para lançar Ronaldo nas costas de Bruno Alves, que com tranquilidade mandou por baixo das pernas de Sidão, abrindo o placar em Itu.

O curioso é que, ao comemorar o gol, o jogoador fez gesto de silêncio para a torcida em resposta a críticas sobre ele. E como já diria o ex-treinador, Muricy Ramalho: “A bola pune”. Poucos minutos depois o atacante se lesionou e teve de ser substituído, fato comemorado pelos torcedores.

Vágner, o herói da noite

No intervalo, Dorival Junior fez mudanças na escalação e tentou corrigir o time, tirando Diego Souza e Nenê de campo e colocando Tréllez e Valdivia, contratações para este ano feitas nos últimos meses.

As alterações surgiram efeito, pois com apenas seis minutos, em um cruzamento de Reinaldo, Raul errou e afastou a bola nos pés de Cueva, que dominou e empatou o jogo no Estádio Novelli Júnior.

O São Paulo ficou mais rápido nas transições para o ataque e pressionou o Ituano com mais perigo. Assim, o meia peruano fez outra bela jogada individual e ajeitou para Marcos Guilherme, que mandou uma pancada para ótima defesa de Vágner.

O Ituano, precisando do resultado, não se abateu e chegou com ótimo chute de fora da área de Guilherme, que passou muito perto do gol são-paulino e assustou Sidão.

Até que, com uma pane geral da zaga tricolor, Alison subiu mais na área que seu defensor e marcou de cabeça. Coincidentemente, o "azar" de marcar para o Ituano retornou e, momentos depois, o capitão sentiu caibras e também teve de ser substituído.

Atrás no placar, o São Paulo se lançou ao ataque. Aos 50 minutos do segundo tempo, Igor empurrou Tréllez em bola espirrada na área e o árbitro marcou pênalti. Cueva foi para cobrança, mas Vágner pulou no canto direito do gol para defender a finalização, sacramentando a vitória do Ituano.