Depois da derrota na estreia, Diego Aguirre conseguiu sua primeira vitória no comando do São Paulo: foi sobre o mesmo São Caetano, no Morumbi, por 2 a 0. O triunfo ainda classificou o Tricolor, que reverteu a vantagem do Azulão e garantiu vaga nas semifinais, onde terá seu adversário definido nos próximos dias.

No intervalo, o treinador foi obrigado a substituir Valdívia, que sentiu dores e pediu para que saísse de campo. A torcida, que tem o jogador como xodó, não entendeu, já que não sabia do motivo da alteração. Assim, foram vaias e gritos de “burro” para Aguirre, que minimizou o fato e compreendeu que faltava a informação para os torcedores presentes.

"Eu percebi (as vaias). A torcida não tinha conhecimento de que o Valdívia pediu, eu se fosse torcedor faria a mesma coisa. Isso é normal, o torcedor tem razão, porque não entendia o que acontecia."

Com a saída de Valdívia, o técnico promoveu a entrada do jovem Lucas Fernandes, que foi muito bem e recebeu bastantes elogios do uruguaio. Ele admitiu um conselho de André Jardine, seu auxiliar e que trabalhou com o garoto ainda nas categorias de base do clube.

“Ninguém me perguntou sobre isso ainda, mas Fernandes foi espetacular. Melhorou muito o time. E o mérito é do Jardine, que me falou para colocá-lo, porque tinha qualidade. Ele foi para dentro e ajudou. Falo muito com os jogadores sobre oportunidades. Às vezes você está trabalhando muito e não tem chances, mas quando tem, tem que aproveitar.”

O São Paulo entrou em campo com seis mudanças em relação ao primeiro jogo. Entre elas estavam as entradas de Liziero e Sidão, nos lugares de Petros e Jean, respectivamente, duas alterações que pegaram alguns torcedores de surpresa, mas foram explicadas por Aguirre após o final da partida.

"Foram mudanças que foram se apresentando. Petros sentiu um pequeno desconforto depois do último jogo, e hoje precisávamos de jogadores 100%. Precisamos de todo ao máximo. Sidão foi opção por experiência, um jogo decisivo."

Quando o Tricolor ainda vencia por um gol de diferença, o uruguaio colocou Diego Souza em campo, deixando o time ainda mais ofensivo e buscando o tento que faltava para não decidir a vaga nos pênaltis. O gol aconteceu, feito pelo camisa nove, exatamente o escolhido de Aguirre, que elogiou a atuação do jogador no lance decisivo.

“Às vezes, você coloca um jogador e ele decide, como Diego fez hoje (terça-feira), com um gol de centroavante, número 9. Foi uma cabeçada espetacular. Mas se a bola fosse para fora ninguém ia falar que foi uma substituição perfeita.”

Com a classificação garantida, o São Paulo aguarda a decisão do seu adversário na próxima fase. O confronto deverá acontecer nesse fim de semana, sem definição de data e local, por enquanto. Enquanto isso, Aguirre terá seu maior período para treinar a equipe desde que foi contratado.