Depois de 19 anos, Palmeiras e Corinthians voltam a decidir um campeonato. Na última ocasião, o Corinthians se sagrou campeão paulista no histórico jogo marcado pelas embaixadinhas de Edílson e a confusão generalizada entre os jogadores dos dois times. 

De lá pra cá, os grandes times de ambas as equipes do final dos anos 90 foram desfeitos, novos esquadrões foram montados e os rivais finalmente voltam a se encontrar em uma decisão. O jogo de ida da final que definirá quem será o campeão do Campeonato Paulista de 2018 acontece neste sábado (31), às 16h30 do horário de Brasília.

Voltando menos no tempo, vamos para o dia 24 de fevereiro deste ano. O então invicto e time de melhor campanha do campeonato, Palmeiras, enfrentava em Itaquera um Corinthians conturbado, que vinha de uma sequência de resultados ruins. Contrariando os momentos de cada time, o resultado final indicou vitória corintiana por 2 a 0, com gols de Rodriguinho e Clayson, embora lances de grande polêmica, como a expulsão do goleiro palmeirense Jailson, tenham roubado os holofotes mais do que o habitual.

Polêmicas e resultado à parte, o time de Roger Machado pode tirar algumas lições do primeiro Derby do ano. O Palmeiras, ora tão ofensivo e criativo, encontrou no adversário dificuldades para jogar no terço final do campo. O meio-campo mostrou-se pouco funcional, tanto ofensiva quanto defensivamente, e o ataque não conseguiu levar muito perigo ao gol defendido por Cássio. O time de Fabio Carille, armado sem um atacante de referência e com meio-campo e ataque móveis, foi capaz de inibir o 4-1-4-1 de Roger, limitando os espaços de jogadores como Lucas Lima e Dudu.

Depois do revés contra o rival, o Palmeiras mudou de cara: Roger abandonou o 4-1-4-1 e começou a utilizar o 4-2-3-1 para armar sua equipe. Até o momento, a mudança mostra-se positiva; Bruno Henrique, que entrou no time titular na vaga que até então era de Tchê Tchê, tem feito atuações boas e consistentes.

Em entrevista coletiva antes da primeira final, o próprio treinador palmeirense não escondeu que que tirou lições da derrota na fase inicial: "A dificuldade que [o Corinthians] nos gerou nos dá elementos para, em um segundo confronto, a gente estar melhor preparado e adaptado para o esquema do adversário. Os jogos sempre te dão algum elemento. A derrota no clássico pôde mostrar algumas coisas com relação a estratégia, estrutura, mudanças de características das peças."