A Federação Catarinense de Futebol (FCF) confirmou nesta terça-feira (4) a utilização do árbitro de vídeo (VAR) na decisão do Estadual entre Chapecoense Figueirense. A FCF consultou a CBF e recebeu autorização da FIFA para a utilização do recurso na final do Campeonato Catarinense, que acontece em jogo único na Arena Condá, no domingo (8), às 16h.

Será a primeira vez que o VAR será utilizado em uma partida em Santa Catarina. O coordenador do VAR no Brasil, Sérgio Correa, e o presidente da Escola Nacional de Árbitros, Manoel Serapião Filho, estarão em Chapecó para a supervisão do recurso eletrônico. As imagens serão disponibilizadas pela NSC TV, afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, mas a responsabilidade de administrá-las será da FCF. Os custos não foram divulgados, mas serão divididos entre os clubes e a Federação.

A equipe do VAR na decisão do Catarinense 2018 terá cinco integrantes: Árbitro de vídeo, assistente do árbitro de vídeo, supervisor do VAR, líder da equipe VAR e apoio geral VAR. A designação do grupo responsável pelo recurso eletrônico acontecerá em audiência pública nesta quinta-feira (5), às 17h, que também vai apontar a equipe de arbitragem de campo.

Os dois presidentes comemoraram a utilização do VAR na decisão do Catarinense. Para Plínio de Nês Filho, da Chapecoense, a arbitragem eletrônica vai acabar com erros em lances duvidosos e acalmar os torcedores.

"Acredito que venha para somar em todos os aspectos. Tive origem no esporte, ligado a diferentes atividades esportivas. A minha lembrança clara era o vôlei com dúvidas de interpretação dos juízes. Foi com o árbitro de vídeo que acabaram com elas. Mais tranquilo e tem por parte da torcida mais respeito aos árbitros. Parcela maior por paz nos estádios. O que irrita o torcerdor, por equívoco, gols anulados que não deveriam, pênaltis duvidosos. Isso vai eliminar a dúvida e fará bem ao futebol. Uma bandeira que pude defender ", disse.

O presidente do Figueirense, Cláudio Vernalha, foi um pouco mais comedido e comentou que o VAR vem diminuindo o número de imprecisão da arbitragem em outros lugares e espera que seja o início de uma inclusão maior do árbitro eletrônico.

"Vem para somar. Mais uma ajuda para reduzir a possibilidade de erro. Não exclui, mas diminui a quantidade de erros no jogo. Vem sendo adotado em outros lugares, a Fifa apoia e infelizmente não foi aprovado para as séries A e B do Brasileiro. Um grande passo, ainda que somente na final. Um primeiro passo para ser adotado em outros anos", destacou.