Depois de uma campanha histórica na fase classificatória, a Chapecoense agora precisar confirmar sua superioridade para garantir o título do Campeonato Catarinense. Além do melhor retrospecto no Estadual, a Chape ainda vai poder contar com o fator casa, já que a final diante do Figueirense, neste domingo (8), é em jogo único. A bola rola na Arena Condá a partir das 16h. A novidade desta final é a presença do árbitro de vídeo, que será utilizado pela primeira vez em uma partida em Santa Catarina.

A Chapecoense vai atrás de uma marca histórica nesta final. Se vencer, será pela primeira vez tricampeã em sequência do Catarinense. Campeã em 2016 contra o Joinville e em 2017 contra o Avaí, a Chape é a quinta maior campeã de Santa Catarina, com seis títulos. Essa será a 12ª final do Verdão.

Nas partidas da primeira fase, a Chape se deu bem contra o Figueirense. Na oitava rodada, no Orlando Scarpelli, as equipes empataram em 0 a 0. Duas semanas atrás, na 17ª rodada, a Chapecoense venceu na Arena Condá por 3 a 2, e garantiu a vantagem do mando de campo para a final.

Em 18 jogos na fase de classificação, a Chapecoense somou 41 pontos: venceu 12, empatou cinco e perdeu apenas uma: 1 a 0 para o Hercílio Luz, quando poupava titulares por conta da Libertadores. A Chape teve a melhor defesa do Catarinense, com oito gols sofridos, e o segundo melhor ataque: 25 gols marcados - o Tubarão marcou 26. O Verdão somou cinco pontos a mais que o Figueirense, e teve 15 de vantagem para o Tubarão, terceiro colocado.

Como mandante, a Chapecoense venceu todos os jogos disputados no Catarinense. O volante Márcio Araújo destacou a força do time na Arena Condá e acredita que o elenco vai conseguir administrar a pressão por ser o favorito a levar a taça.

"Sabíamos que o regulamento seria assim, quando chegasse na final não seria novidade. Vamos assumir a responsabilidade, tem a pressão maior pelo elenco, pela equipe. Conseguimos manter na primeira fase e não levar para o lado negativo da pressão, mas vamos jogar do lado do nosso torcedor, vencemos todos os jogos aqui e teremos um grande adversário na final", destacou.

Márcio Araújo é um dos destaques da Chape no Catarinense (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)
Márcio Araújo é um dos destaques da Chape no Catarinense (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

O técnico Gilson Kleina fechou a maior parte dos treinamentos - com exceção do treino de sábado, que foi aberto ao torcedor. O treinador justificou a medida como uma forma de aumentar a concentração e o foco do elenco para a final.

"O planejamento da semana foi para aumentar o foco, não foi para preterir entrada da imprensa. O Milton sabe como a Chapecoense vai jogar. Não tem segredo ou carta na manga. Entendi que neste momento é importante estar com os atletas mais focados nos treinos que estamos realizando, no posicionamento, algumas trocas que a gente pode fazer. Temos que estar com a concentração em cima", explicou.

Kleina busca primeiro título com a Chape (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)
Kleina busca primeiro título com a Chape (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

Kleina não pode contar com o zagueiro Fabrício Bruno, o volante Khevin e o atacante Perotti, todos machucados. A maior dúvida na escalação da Chape é no meio campo: Luiz Antônio e Elicarlos disputam uma vaga. Na lateral-direita, Apodi, que voltou de contusão recentemente, deve começar no banco. Eduardo provavelmente será o titular.

Chape abriu treinamento na véspera da final, mas dúvida no meio-campo permanece (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)
Chape abriu treinamento na véspera da final, mas dúvida no meio-campo permanece (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

Milton Cruz faz mistério no Figueirense

Figueirense entra em campo contra Chape de olho no 18º título do Campeonato Catarinense

O Figueirense, maior campeão do estado com 17 títulos, quer aumentar a sua vantagem para o Avaí, segundo maior campeão com 16. Para isso, o técnico Milton Cruz fechou os treinamentos durante a semana de preparação, e, como é de praxe, não revelou a escalação. Com muitas dúvidas, o time do Figueira deve entrar em campo com: Denis; Diego Renan, Nogueira, Eduardo Bauermann e Guilherme Lazaroni; Betinho, Zé Antônio, Maikon Leite (Renan Mota), Jorge Henrique e João Paulo (Gustavo Ferrareis); André Luis.