Fluminense e Gustavo Scarpa se reencontraram na manhã desta segunda-feira (16). Mas se engana quem pensa que foi em uma rodada do Campeonato Brasileiro. A disputa é no Tribunal Regional do Trabalho, no Centro do Rio. 

Na audiência, a juíza Dalva Macedo deu prazo de dez dias para as partes apresentarem suas alegações finais no processo. Nesse momento, a defesa de Scarpa pediu a antecipação da tutela, que faria o jogador ficar livre para assinar novamente com o Palmeiras, mas a magistrada negou o pedido. Com isso, ele segue como jogador do Fluminense. 

O advogado do Fluminense, Rui Meier, falou com a imprensa após o fim da audiência na 70ª vara do Trabalho. Segundo ele, a rescisão indireta é incabível e o próprio jogador confirmou que havia um acordo para pagamento das dívidas em janeiro. 

“O Fluminense defende que essa rescisão indireta é incabível. Nós ouvimos o depoimento do atleta para confirmar que o Fluminense estava desde dezembro acordado para quitar tudo em janeiro, como acabou acontecendo”, disse o advogado do tricolor.

Ele complementou afirmando que caso o Flu saio vença a ação, o jogador será aceito de volta ao elenco Tricolor: “Se [a decisão for] a favor do Fluminense, Scarpa continua com vínculo e é bem-vindo para jogar”.

Scarpa entrou com a ação na Justiça Trabalhista em dezembro do ano passado. Além de pedir a rescisão contratual, ele cobra R$ 9,3 milhões do tricolor por conta dos atrasos nos pagamentos de salários, direitos de imagem, férias, 13º e no depósito de FGTS. O clube chegou a quitar boa parte do que devia ao jogador. Mas após o dia 22 de dezembro, quando ele já havia entrado com a ação na Justiça.