No dia 9 de agosto de 1931, alagoano de Maceió, em 9 de agosto de 1931, nascia uma das figuras mais emblemáticas do futebol brasileiro. O maior vencedor da história das Copas do Mundo: Mário Jorge Lobo Zagallo. Foi campeão mundial duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (em 1970) e outra como coordenador técnico (1994). Dos cinco títulos do Brasil, ele esteve presente em quatro.

O Velho Lobo, porém, não é lembrado apenas pelos incontáveis troféus como jogador, treinador e em outras funções na Seleção Brasileira. Com grandes histórias, expressões marcantes e jogos memoráveis, Zagallo ficou marcado para sempre no futebol brasileiro.

Getty Imagens
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Ponta-esquerda tradicional, foi titular da equipe que se sagrou bicampeã do mundo na Suécia, em 1958, e no Chile, em 1962. Apenas oito anos depois, foi o treinador da lendária Seleção do tricampeonato no México.

Seu quarto título mundial foi conquistado nos Estados Unidos, em 1994, como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira. Sua história se confunde facilmente com a da Seleção Brasileira, e não é por menos. Ambas são repletas de vitórias, títulos e grandes momentos. 

Vestiu a camisa verde e amarela pela primeira vez no dia 4 de maio de 1958, quando o Brasil derrotou o Paraguai por 5 a 1. Em sua estreia como jogador, marcou dois gols. Como jogador, atuou até 1964, quando venceu Portugal por 4 a 1. Como ponta-esquerda do Brasil, foram 36 partidas, 29 vitórias, quatro empates, três derrotas e seis gols.

De todos os treinadores que já trabalharam com a Seleção Brasileira, Zagallo é o que mais atuou no comando da equipe. O Velho Lobo disputou 131 partidas como técnico, conquistou 97 vitórias, 25 empates e apenas nove derrotas.

Reprodução/CBF
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COPA DE 1958

Seu ótimo desempenho no Flamengo rendeu a convocação para a Copa do Mundo de 1958. O "Formiguinha" teria o desafio de levar a Seleção Brasileira ao seu primeiro título. A Seleção, aos poucos, foi se firmando e garantiu a vaga para a final da Copa, diante da anfitriã Suécia.

Zagallo marcou um dos gols da goleada por 5 a 2 sobre a Suécia, e ajudou a Seleção a voltar para casa com a Taça Jules Rimet, em 1958.

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Seleção posou para a foto antes da vitória por 5 a 2 contra a Suécia, na final da Copa de 1958. De pé, da esquerda para direita: Djalma Santos; Zito; Bellini; Nilton Santos; Orlando e Gylmar. Agachados, da esquerda para a direita: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Mário Américo.

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COPA DE 1962

Mesmo quatro anos 'mais velho', retornou à Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1962, ao lado de nomes como Didi, Vavá, Garrincha e do 'Rei' Pelé. Manteve o bom desempenho e levou a seleção para mais uma decisão de Copa do Mundo. Mas agora no Chile, contra a Tchecoslováquia. Com qualidade de sobra, o camisa 21 participou da vitória por 3 a 1 na decisão da Copa do Mundo de 1962, que foi disputada no Chile. A sensação de dever cumprido foi estampada pelo choro de Zagallo ao final da partida com a Tchecoslováquia. O 'Formiguinha' saiu de campo emocionado.

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Sob seu comando, a Seleção Brasileira que encantou o mundo na Copa de 1970, com nomes como Pelé, Gérson, Jairzinho, Tostão e Rivellino. Foram seis vitórias em seis partidas disputadas, o tricampeonato mundial do Brasil e o tricampeonato 'particular' de Zagallo.

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COPA DE 1994

Com a contratação de Carlos Alberto Parreira, Zagallo voltou à Seleção Brasileira, como coordenador técnico. Durante a Copa de 1994, o "Velho Lobo" se notabilizou pela contagem regressiva que fazia a cada fim de partida, e foi um "amuleto" na conquista do tetra do Brasil nos Estados Unidos. Com um detalhe: "tetracampeões" tem 13 letras.

Reprodução/CBF
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O VELHO LOBO

Seguindo como técnico da Seleção Brasileira, Zagallo voltou às conquistas em grande estilo: com 100% de aproveitamento, veio a conquista da Copa América de 1997, na Bolívia. Após a volta olímpica, com a vitória por 3 a 1 sobre o país-sede e nomes como Edmundo e Paulo Nunes, o técnico desabafou: 'Vocês vão ter que me engolir'

CBF/Reprodução
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Aos somarmos as conquistas, a 'Seleção Zagallo' fica à frente de quatro seleções campeãs do mundo quando o assunto é chancela Fifa. Itália, Espanha, Uruguai e Inglaterra têm menos conquistas do que o Velho Lobo. 

A última participação de Zagallo no futebol foi em 2006, na Copa da Alemanha, quando saiu com o Brasil nas quartas de final, na função de coordenador Na ocasião, o treinador era o parceiro Carlos Alberto Parreira.

Com 85 anos, Zagallo fez sua última aparição pública no revezamento da tocha olímpica, em 2016.

 

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