Quatro dias atrás, Mano Menezes prometeu devolver o orgulho ao torcedor do Cruzeiro, que andava insatisfeito com as últimas apresentações do time. E a promessa foi cumprida. Nesta quinta-feira (25), a Raposa não teve piedade e massacrou a Universidad de Chile por 7 a 0. Foi a maior goleada do Cruzeiro na Libertadores.

''Traçamos uma estratégia pensando em fazer no mínimo os quatro pontos. Hoje iniciamos bem, roubamos bola, isso nos deu uma vantagem inicial de 2 a 0, que abriu uma tranquilidade para o time e para o torcedor que veio ao estádio. Uma vitória que nos deixa feliz por ter nos colocado de novo na disputa'', disse Mano.

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Esta foi a primeira vitória do Cruzeiro na fase de grupos. Antes, derrota na estreia para o Racing e empates sem gols contra Vasco e La U, esteve último, no Chile.

''Estávamos e uma situação crítica antes dos primeiros 90 minutos. Podíamos ambicionar e arriscar mais nos últimos minutos, tivemos quatro chances, poderáimos ter vencido. Mas como futebol é muito resultado, às vezes, quando a vitória não vem, as pessoas criticam tudo. Também podíamos ter tomado um gol no contra-ataque, e tudo ido embora, numa competição em que tínhamos cometido um pecado só, não ter vencido o Vasco'', completou.

Mano citou a campanha do Cruzeiro de 1997 para exemplificar a importância que é vencer os jogos dentro de casa na Libertadores:

''Disse antes do jogo da La U que seria um jogo de 180 minutos, que teríamos de cuidar primeiro dos 90 lá, que tínhamos de fazer no mínimo um ponto, disse a vocês e aos jogadores, não faço conversa dúbia. As pessoas pensam que é fácil ganhar fora na Libertadores. Eu penso que é difícil. O Cruzeiro foi campeão em 97 e ganhou um jogo fora. Vasco ganhou uma em 98, a última, a final. É uma competição que o fator local pesa, inibe o jogo do visitante, favorece muito a confiança de quem manda o jogo'', ressaltou.

Por fim, o comandante criticou a postura do adversário que, mesmo com dois a menos, não abdicou de atacar:

''Se eu tivesse tomando 3 a 0 e tivesse com dois a menos, eu não deixaria meu time atacar, porque existe uma diferença muito grande entre 3 a 0 e 7 a 0. Essa é a maior goleada da história do Cruzeiro (na Libertadores). Eu não deixaria minha equipe atacar daquele jeito. Não tem sentido, você dá muito espaço e termina com placar dilatado. Tem gente que gosta de atacar sempre. Quando o adversário é mais que você, quando atacar significa você ficar mais próximo da derrota, eu não deixou meu time atacar desse jeito. Às vezes, sou criticado. Mas eu não exponho meus profissionais, sei como é doloroso para o grupo'', encerrou.

O Cruzeiro volta a campo já neste domingo (29), quando enfrenta o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.

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Sobre o autor
Rodrigo Rodrigues
23 anos, Rio de Janeiro