A quinta rodada do Campeonato Brasileiro reserva um duelo entre xarás: Atlético-PR e Atlético-MG. A partida será realizada nesse domingo (13), às 16h, na Arena da Baixada. A semelhança, entretanto, não está só nos nomes. As duas equipes vêm de confrontos contra argentinos, partidas válidas pela Copa Sul-Americana. A diferença é que equipe paranaense perdeu para o Newell's Old Boys por 2 a 1, no Estádio Marcelo Bielsa, mas se classificou; enquanto Galo e San Lorenzo ficaram em um empate sem gols, no Estádio Independência, e foi eliminado. 

Atualmente, o Galo ocupa a sexta colocação da tabela, com sete pontos. Vencendo, a equipe pode alcançar a mesma pontuação do Flamengo, que lidera o Campeonato Brasileiro com dez pontos.

Já o Atlético-PR, assume a 11ª posição. O rubro-negro está com cinco pontos e poderá, se vencer a partida deste domingo, alcançar os mesmos oito pontos do Palmeiras, vice-líder da competição.

O retrospecto do confronto entre os dois clubes no Campeonato Brasileiro é equilibrado. Em toda a história da competição, já foram realizados 43 jogos. Sendo 17 vitórias para cada lado e nove empates entre as equipes.

Em má fase, o Atlético-PR acredita em reação contra o Atlético-MG

Já são cinco partidas sem vencer do Atlético-PR. A última vitória da equipe paranaense aconteceu há quase um mês, no dia 15 de abril, quando aplicou um sonoro 5 a 1 sobre a Chapecoense, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A partir de lá,  empatou com São Paulo (2 a 2); Grêmio (0 a 0); e Bahia (0 a 0). Perdeu para Palmeiras (3 a 1) e Newell's Old Boys (2 a 1).

O meia Guilherme, autor de quatro gols na temporada, não consegue determinar o principal motivo para a queda de desempenho do time. Entretanto, ele ressalta a força de vontade da equipe em mudar o panorama atual.

"A gente sabe que às vezes passa um momento desse tipo. Mas, acima de tudo, não tem faltado vontade. Mesmo quando eu particularmente não consigo criar tanto, por alguma situação do jogo, mas estou sempre voltando, recompondo, ajudando, correndo bastante. A parte mais simples, de criação e finalização, isso vai voltar naturalmente", afimrou.

O técnico Fernando Diniz ainda não decidiu quem jogará neste final de semana, mas o meia campista projetou um possível reencontro com a sua ex-equipe, onde atuou por quatro anos - entre 2011 e 2015.

"Um grande jogo. Dificuldade imensa, jogadores com muita qualidade. Várias mudanças desde a época que estive lá, mas o perfil do clube continua o mesmo, de posse de bola e movimentação. Muitos amigos também, uma trajetória muito boa. Precisamos vencer, mais um jogo dentro de casa, mesmo com essa dificuldade, respeitando o Atlético-MG, a gente tem que buscar os pontos, que são muito importantes nesse momento", completou. 

Galo ainda não perdeu na grama sintética da Arena da Baixada

Jogar na Arena da Baixada nunca foi fácil para os visitantes. Contudo, desde 2016, quando foi adotada a grama artificial em seu estádio, tem sido ainda mais complicado arrancar pontos da equipe rubro negra em seus domínios. Mas não para o Atlético-MG. Em 2016, a equipe mineira conseguiu arrancar um empate por 1 a 1, com gol de Cazares, de pênalti. No ano seguinte, o Galo não deu chances. Com dois gols de Robinho, o time voltou para Belo Horizonte com três pontos na bagagem.

O técnico Thiago Laghi vê com bons olhos o gramado da Arena da Baixada. Segundo ele, a qualidade dos campos da Cidade do Galo assemelha-se muito no aspecto da velocidade. O lateral Fábio Santos não pensa da mesma maneira.

"É diferente. Eu costumo me adaptar mais rápido a grama sintética em dezembro, quando bato minhas peladas com meus parceiros, que hoje em dia é só grama sintética. Profissionalmente é totalmente diferente. É bem complicado. Até você entender a velocidade da bola, a chuteira que tem que usar, como vai se adaptar... Isso faz toda diferença. Conquistamos lá ano passado, acho que foi a primeira vez que joguei lá na Arena com o gramado novo. Sem dúvida nenhuma faz muita diferença", analisou o lateral.