Naquela tarde de 13 de outubro de 1968, o era disputado pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no Maracanã. A partida ficou marcada por um gol marcado de forma irregular pelo atacante do Fluminense, Wilton. O lance foi ignorado pelo árbitro Armando Marques, que foi muito vaiado pela torcida adversária. 

Eram decorridos treze minutos do primeiro tempo. O ponta-direita tricolor Wilton, arisco e velocíssimo, recebeu um lançamento em profundidade. Ao descrever Wilton, Nelson Rodrigues sempre afirmava: "O garoto corre mais do que um coelhinho de desenho animado".

E corre mesmo, tanto que conseguiu ultrapassar seu marcador, em sua velocidade fulminante. Por um capricho do destino, Marco Aurélio, o arqueiro rubro-negro, saíra bem do gol, e agarraria a bola com tranquilidade.

Mas então, o atacante enganou o goleiro, ajeitando a bola com a mão, para depois, livre, marcar o gol da vitória Tricolor. O lance que foi repetido milhares de vezes na televisão, somente não foi percebido pelo juiz Armando Marques e o bandeirinha Antônio Viug, irritando profundamente a torcida rubro negra.

Jornal da época destaca partida
Jornal da época destaca partida

História do jogador

Wilton César Xavier foi um dos jogadores mais vitoriosos da história do Fluminense. Pelo Tricolor, Wilton conquistou o Campeonato Brasileiro de 1970, os Campeonatos Cariocas de 1969, 1971, 1973 e 1975, e as Taças Guanabara de 1969 e 1971. Em 194 jogos com a camisa do Flu venceu 106, empatou 43 e perdeu 45. Marcou 19 gols, dentre eles o famoso "gol de mão" aqui descrito.

Defendeu também São Paulo, Santa Cruz, Coritiba e Vitória, e chegou a trabalhar como treinador do Volta Redonda. Wilton faleceu em dezembro de 2009, aos 62 anos.