Abrindo a segunda rodada do grupo E na Copa do Mundo, a seleção brasileira enfrenta a Costa Rica, no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, na manhã desta sexta-feira (22).

A equipe Canarinho vem de um empate contra a Suíça na estreia e quer apagar o tropeço e as incertezas deixadas no primeiro confronto. Enquanto isso, os costarriquenhos buscam a primeira vitória, visto que perderam o primeiro jogo contra a Sérvia, por 1 a 0.

Se vencer o jogo, o Brasil chega aos quatro pontos e encaminha a classificação para a próxima fase, dependendo somente de um empate ou vitória contra a Sérvia para decidir quem fica com a primeira posição no grupo E. Por outro lado, a tarefa da Costa Rica se mostra mais complicada. Após perder na estreia para os sérvios, os costarriquenhos precisam empatar com a seleção Canarinho e vencer a Suíça na última rodada, contando com uma combinação de resultados onde só o empate ou a derrota do Brasil contra a Sérvia interessam.

Retrospecto a favor do Brasil

Ambas as equipes já se esbarraram em Copas do Mundo antes. O primeiro confronto aconteceu em 1990, na Itália, onde Brasil e Costa Rica caíram no mesmo grupo e vieram a se enfrentar somente na terceira rodada. No confronto, os brasileiros levaram a melhor e venceram pelo placar mínimo de 1 a 0, com o único gol marcado pelo atacante Müller.

Mesmo com a derrota, a Costa Rica avançou às oitavas de final, se classificando na segunda posição com quatro pontos, dois atrás do Brasil, com seis. Naquele ano, os costarriquenhos fizeram a melhor campanha de sua história ao avançarem de fase, entretanto, na Copa de 2014, a seleção superou as expectativas e chegou às quartas de final, quando caiu para a Holanda, nos pênaltis.

Depois da vitória em 90, as seleções só vieram a se encontrar na Copa de 2002, 12 anos depois. Contudo, o Brasil de Ronaldo, Rivaldo e Felipão golearam os costarriquenhos por 5 a 2 na terceira rodada do grupo C e garantiram a classificação às oitavas, enquanto que a Costa Rica ficava para trás.

Em amistosos, o mais recente aconteceu em 2015, pós 7 a 1 e com a Costa Rica no auge após a campanha feita na Copa de 2014. Entretanto, o Brasil que já estava sob o comando de Dunga, venceu pelo placar magro de 1 a 0 com um gol de Hulk, que já não marca mais presença nas convocações.

Daquele confronto de 2015, apenas sete jogadores compõe a equipe atual na Rússia, do lado da Costa Rica, doze jogadores que estavam em 2015 compõe o elenco atual, além do goleiro Keylor Navas, que não estava presente naquela partida.

Novidades da seleção brasileira

Às vésperas do confronto, o técnico Tite e o zagueiro Thiago Silva concederam coletiva junto à imprensa. Durante a entrevista, o comandante confirmou que o defensor será o capitão do Brasil na partida desta sexta.

Depois da Copa de 2014, será a segunda vez que o zagueiro reassume a função de capitão da equipe. Nas oitavas da Copa de 2014, contra o Chile, o camisa 2 chorou quando o jogo se encaminhava para os pênaltis, o que gerou desconfiança por parte da torcida que desde então, questiona as convocações de Thiago Silva devido ao episódio no último mundial.

(Foto: Vanderlei Almeida/AFP/Getty Images)

Outra novidade na defesa é o lateral Fagner. Danilo, titular da posição, sentiu um desconforto no quadril durante o treino da equipe e desfalcará o Brasil no jogo. Ademais, Tite confirmou que a equipe será a mesma que enfrentou a Suíça, com a única exceção na lateral direita.

+ Com lesão no quadril, Danilo vira desfalque para Brasil na partida contra Costa Rica

Para o confronto contra a Costa Rica, o Brasil virá com: Alisson; Marcelo, Miranda, Thiago Silva, Fagner; Casemiro, Coutinho, Paulinho; Neymar, William; Gabriel Jesus.

Desconfianças na geração costarriquenha

Com a derrota na estreia, a seleção comandada por Óscar Ramírez foi colocada em xeque. Mesmo antes da Copa do Mundo, uma goleada de 4 a 1 sofrida contra a Bélgica, desiludiu quem acreditava em uma campanha igual a de 2014. A imprensa costarriquenha contestou as escolhas de Ramírez no último jogo e destaca que o treinador não teve maiores ambições durante a partida, criando poucas chances e tendo dificuldades na criação de jogadas ofensivas.

Ramírez, mesmo que criticado pela imprensa por escolhas questionáveis, deve relacionar a Costa Rica com os mesmos XI que iniciaram a partida de estreia contra a Sérvia. Apesar das dificuldades na criação, os costarriquenhos souberam se defender e contaram com boas defesas de Keylor Navas, o goleiro é o pilar desta equipe que já não vive dias tão bons quanto em meados de 2014, quando desbancou seleções tradicionais na Copa do Mundo, como o Uruguai, o único sul-americano que a Costa Rica venceu em mundiais.

(Foto: NurPhoto/Getty Images)
(Foto: NurPhoto/Getty Images)

Embaixo de desconfianças, Ramírez deve relacionar a Costa Rica sem o zagueiro Francisco Calvo, por opção técnica, e deve ter Bryan Oviedo em seu lugar.  Oviedo, é lateral-esquerdo de origem, mas atuará na defesa como estratégia para dificultar a velocidade dos atacantes brasileiros.

Portanto, a Costa Rica terá:  Keylor Navas, Oviedo, Duarte, Acosta, González, Gamboa, Celso Borges, Guzman, Bryan Ruíz, Venegas, Ureña.