Em duelo contra a zona de rebaixamento da Série A, o Paraná recebe o América-MG no estádio Durival de Britto, em Curitiba. A partida acontecerá às 16h deste domingo (22). O retorno das equipes ao campeonato após a Copa do Mundo foi bastante amargo, uma vez que perderam no meio de semana. O time paranaense foi derrotado pelo Vitória por 1 a 0; já o Coelho. caiu de 3 a 1 para o Cruzeiro. Um vitória no jogo não tira o Paraná do Z-4, mas segura o time mineiro e dá mais motivação ao grupo tricolor; o America-MG, por sua vez, tem a chance de se afastar da zona de descenço da competição pela primeira vez. Os Paranistas conseguiram apenas dois resultados positivos. Só o Ceará tem rendimento inferior, com apenas um triunfo. Os americanos já venceram quatro vezes, mas apenas na condição de mandantes.

Para a o jogo, entretanto, o técnico do Paraná Rogério Micale terá problema para montar a equipe. Sem o zagueiro Rayan, que cumpre suspensão automática, Cléber Reis, que foi afastado, Jesiel machucado e Neris transferido para o futebol português, o treinador terá apenas Charles para a posição defensiva. Com isso, Jhony e Leandro Vilela são cotados para atuarem improvisados. Já o Coelho não poderá contar com o o lateral Norberto, que deixou o jogo contra o Cruzeiro com dores no joelho direito.

O retrospecto histórico do confronto anima mais aos torcedores americanos; afinal, em 21 jogos oficiais, são oito vitórias do Coelho contra quatro do Tricolor. Com relação aos empates, foi o resultado que mais vezes aconteceu: nove.

Paraná quer voltar a ser mandante forte

Precisando vencer, o Paraná quer usar, na sequência da Série A, a sua torcida como seu principal trunfo para escapar do rebaixamento. No ano passado já foi assim, quando conseguiu o acesso à primeira divisão durante a Série B. Nessa partida, o time paranista precisa, mais do que nunca, fazer valer o fator casa para conseguir respirar um pouco mais aliviado na luta contra a degola.

“Toda vez que a gente joga na Vila Capanema, ao lado da torcida, o retrospecto já pode dizer como foi ano passado. Conseguimos reverter algumas situações. Nos primeiros jogos não conseguimos as vitórias, mas depois times uma sequência boa em casa. Será um jogo difícil, diante de um adversário duro. A gente conta com o apoio da torcida para conseguir a vitória”, afirmou o volante Leandro Vilela.

Apesar de não perder em casa há cinco jogos, o Paraná está entre os times com pior rendimento como mandante neste Campeonato Brasileiro. Foram nove pontos conquistados em sete partidas com 42% de rendimento. O Tricolor, neste quesito, só é melhor que o Atlético e o Ceará, que também estão na zona de rebaixamento da competição nacional.

“A nossa torcida sempre cobrou muito pelos resultados e não foge ao seu direito. A maneira como cobra eu vejo como um ponto positivo se você pegar pelo lado de incentivo. Se pegar como crítica será ruim e pode atrapalhar para o jogo de domingo. Tenho certeza que nos 90 minutos nossa torcida, como sempre fez, vai nos apoiar. A gente que com o apoia dela as coisas tendem a caminhar bem. Nós precisamos deles. Eles têm sido o diferencial em casa quando nos apoiam. Sempre conseguem tirar algo mais do time”, finalizou Vilela.

O auxiliar técnico Ademir Fesan, que comandou o time na última partida por conta de uma suspensão de Micale, destaca que nos confrontos diretos o Paraná pode começar a se recuperar e, por isso, precisa ter atenção para somar os pontos nesses duelos de ‘seis pontos’. “Tem muita coisa para acontecer. Nós ainda teremos confrontos diretos e é seguir em frente. É pensar para frente e buscar o nosso objetivo”, avaliou.

Coelho busca reação para afastar risco de Z-4

Sem vencer há quatro rodadas, o time treinado pelo técnico Ricardo Drubscky busca de pôr fim a esse jejum neste domingo. Se não conseguir, pode entrar na zona de rebaixamento pela primeira vez no Brasileirão. Para isso, além da derrota alviverde, o Bahia precisa vencer o clássico contra o Vitória, na Fonte Nova.

"O nosso foco principal é a permanência do América. Sabemos que são grandes as dificuldades contra equipes com investimentos muito maiores. Mas já provamos que podemos jogar de igual para igual. Já fizemos jogos muito bons, partidas em que perdemos nos detalhes. [...] Os jogos contra os últimos colocados são partidas de seis pontos. Se queremos alcançar o objetivo de permanência, não podemos dar brecha nessas decisões", declarou o lateral Giovanni.

O América-MG começou muito bem a competição. A equipe, então treinada por Enderson Moreira, venceu três e empatou uma das seis partidas iniciais, ficando, inclusive, no G-6 da competição. Nas sete rodadas seguintes, no entanto, acumulou uma vitória, um empate e cinco derrotas, perdendo dez posições nesse período. Vale lembrar que seis desses jogos foram antes da parada no Brasileirão para a Copa do Mundo.