Não é novidade para ninguém o momento financeiro que o Botafogo passa. Para essa temporada, a procura por reforços foi específica, apostando em jovens e jogadores não tão badalados no mercado. Dos 10 contratados, o uruguaio Rodrigo Aguirre foi o principal deles.

Com passagens por clubes europeus e pelo Nacional-URU, o atacante chegou ao clube do Rio de Janeiro como esperança de gols e de uma boa performance no Brasileirão. Entretanto, não conseguiu corresponder a nenhuma delas até agora.

Conhecido por sua força física, pegada dentro de campo e pelo ótimo chute com sua perna esquerda, Aguirre disputou nove jogos pelo Botafogo até agora, e seus números não são nada animadores: Nenhum gol marcado e cinco cartões recebidos, dentre eles dois vermelhos, o que credencia o uruguaio como líder nesse quesito no campeonato, junto do volante Cuellar, do Flamengo.

Aguirre já havia sido expulso contra o Bahia após receber o segundo amarelo no lance de pênalti que culminou no empate do tricolor baiano. O juiz da partida entendeu que o atacante derrubou o zagueiro adversário e expulsou o jogador, o que foi julgado como equivocado por muitos. Na saída de campo, tentou arranjar briga e, descontrolado, precisou ser contido. 

Dessa vez, Aguirre exagerou. O Botafogo perdia por 2 a 0 para o Flamengo quando o atacante entrou. Com a torcida em festa gritando "olé" para a posse de bola rubro-negra, o canhoto deu um carrinho desnecessário no lateral Pará, que pulou para evitar o choque. O árbitro considerou uma jogada de risco e mandou o jogador para fora de campo, deixando o alvinegro com um a menos. 

Na coletiva de imprensa após a derrota, o treinador Marcos Paquetá comentou sobre o acontecido e sobre as características do uruguaio, que de acordo com ele não ‘casam’ com o estilo do futebol brasileiro. 

"Aguirre é agressivo por natureza. Joga um futebol de força, de trombada e luta. Talvez aqui não estejamos acostumados com isso. O campeonato na Itália é pesado. Esse tipo de falta não é nem para falta ou para amarelo lá e aqui foi vermelho. Ele tem que ter um controle emocional maior, até porque há uma cobrança muito grande com Fair Play em relação ao respeito dos atletas uns com os outros e nas entradas. Temos que controlar essa ansiedade. É mais para cima do que para baixo. Ele tem que estar mais para o meio para terminar o jogo bem", disse o comandante. 

O fato é que o jogador de 23 anos pode mostrar muito mais do que foi visto até agora. Ele terá uma nova chance de dar a volta por cima no próximo domingo contra o Internacional, às 16h (de Brasília), fora de casa. Cumprindo suspensão, Aguirre não enfrentará a Chapecoense na 15ª rodada. O jogo será nesta quinta-feira (26), às 19h30, no Nilton Santos. Vindo de duas derrotas nessa volta do Brasileirão após a Copa do Mundo, o Botafogo entrará em campo precisando da vitória e contará com a força de sua torcida para conquistar o objetivo.  

 

VAVEL Logo
Sobre o autor
Caio Carvalho
Jornalismo 21 anos RJ @caioc_97