No último domingo (22), Palmeiras e Atlético Mineiro se enfrentaram no Allianz Parque, pela 14ª rodada cdo Campeonato Brasileiro. Em um jogo cheio de emoções, o alviverde saiu com a vitória por 3 a 2, com direito a gol no último minuto da partida. Os gols foram marcados por Moisés e Bruno Henrique (duas vezes). Luan e Chará marcaram para o Atlético-MG.

Após a partida, Deyverson, que deu assistência de cabeça para Bruno Henrique marcar o gol da vitória, falou sobre sua atuação, sobre as críticas da torcida e agradeceu aos presentes na arquibancada por todo o apoio até o final da partida:

"Acho que o mais importante foi a vitória, mas também tô muito feliz por ter dado aquela casquinha pro Bruno fazer o gol da vitória. Foi mais um desabafo meu mesmo (a comemoração do 3º gol). Foi um momento de muita felicidade ali com meus companheiros e a torcida, pra poder voltar ao meu melhor momento, mas eu ajudei meus companheiros que me ajudam bastante e me dão apoio. O torcedor critica porque ele quer o melhor do jogador, então não vou questionar nada e entrar em confusão, porque o torcedor é apaixonado e ama o Palmeiras e temos que entender esse lado do torcedor". 

"Acho que a pitada do tempero pra sair com a vitória nesse final foi da torcida, que nos deu apoio desde o princípio. Sabemos que poderíamos dar mais, não podemos sofrer como sofremos, mas isso é do jogo. Tem que agradecer muito a torcida que nos apoiou até o final", completou o atacante palmeirense.

Moisés marcou o primeiro gol palmeirense na partida e foi advertido com o cartão amarelo por sua comemoração no gol. O camisa 10 palmeirense se mostrou muito irritado com essa situação, que já havia acontecido com Lucas Lima no jogo contra o Santos: 

''É uma vergonha isso. Meus pais e meus filhos estavam ali atrás do gol. Primeiro eu dei uma cambalhota pros meus filhos, porque eu tinha prometido fazer isso. Depois eu peguei a câmera do César Greco, porque eu tenho essa comemoração com a torcida de fincar o cajado. Quando eu voltei o árbitro estava me esperando pra dar o amarelo. No jogo passado já deram cartão pro Lucas por comemorar, em um jogo de torcida única ele tem que comemorar em algum lugar. Hoje de novo e isso prejudica bastante".

Moisés também disse que pensou em se desculpar com o árbitro caso marcasse mais um gol na partida: "Eu já tinha pensado que se eu fizesse o segundo eu ia fazer isso (pedir desculpas). Talvez ele ia me expulsar por pedir desculpas pelo gol, não ia comemorar nem nada. Talvez foi até bom eu não fazer pra não ser expulso".

Weverton, após a parada para a Copa, assumiu a titularidade do time do Palmeiras. Para ele, todo o trabalho no ano é a principal influência para essa oportunidade que ele recebe: "Acho que não só a parada (pra Copa) mas sim o trabalho desde Dezembro, porque eu sacrifiquei minhas férias pra começar a trabalhar, treinando lá no Acre todo dia, com bola pra estar bem, pra quando chegasse a oportunidade. Eu sabia que talvez não chegasse jogando, porque era natural, com os 2 grandes goleiros que temos aqui hoje, mas eu sabia que uma hora ia chegar, com muito trabalho e muito esforço. Acho que a humildade de saber que meus companheiros já tem a história deles no clube e trabalho pra conquistar meu espaço. É isso que eu tenho feito e é isso que eu vou continuar fazendo. Nesse momento o Roger me deu a oportunidade e no futuro vamos ver se eu vou ser o dono da posição, mas no momento é trabalho e trabalho".

Victor Luis era o lateral antes da parada para a Copa do Mundo, mas agora o titular é Diogo Barbosa. O camisa 6 teve trabalho no jogo de hoje para marcar Chará e Luan, que deram muita velocidade ao jogo. O lateral alviverde comentou essa situação: "É difícil, são jogadores rápidos e como nós estávamos tentando atacar o tempo todo sobram espaços pelos lados e acabam sobrando dois jogadores pelos lados pra marcação e a gente tem que temporizar ali a defesa pros meus companheiros de defesa poderem chegar e ajudar a marcar esses jogadores. Mas faz parte, característica do jogo de hoje. Então é ter tranquilidade pra acertar a marcação e não dar espaço pro adversário".

"Acho que o futebol hoje é bem claro. Todos os pontas do mundo hoje ajudam na marcação. O futebol é dinâmico e rápido. Nós temos um time que todos os jogadores tem sua função na hora de marcar. Claro que o atacante tem uma carga menor na hora de marcar, mas ele tem que ajudar, senão dá espaços pros laterais virem com a bola dominada e isso dá a chance de criação de jogadas. Tem que ajudar e se esforçar um pouco mais pra não ceder esses espaços lá atrás", completou o lateral, sobre a necessidade de os atacantes voltarem para marcar.

Autor de dois gols no jogo, inclusive sendo um de falta, que o Palmeiras não marcava em jogos oficiais há mais de 3 anos, Bruno Henrique comentou a felicidade de acertar uma cobrança de falta e poder dar a vitória para seu time: "Fico muito feliz pelo gol de falta e principalmente pela vitória. Era um jogo que a gente precisava vencer um adversário direto. Treino bastante esse tipo de cobrança, ali daquele lado. A barreira tava um pouco perto, era difícil de a bola passar por cima dela, bati no canto dele (Victor), de acertar e fazer um belo gol".

O outro gol de Bruno Henrique na partida foi o gol no último minuto, dando a vitória para o Palmeiras. O volante comentou como se sentiu na hora do gol: "É uma sensação difícil de descrever, ainda mais do jogo do jeito que estava (empatado). Foi muito bacana e eu fico muito feliz. Hoje é um jogo muito especial que vou guardar com muito carinho na minha memória".

O Palmeiras volta aos gramados na próxima quarta-feira, às 19h30, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo será no Maracanã, contra o Fluminense.