Luiz Felipe Scolari retornou ao Palmeiras após 11 anos em 2010 com a missão de resgatar o orgulho do torcedor palestrino, que se encontrava sem muitas glórias para comemorar. Com o último título sendo um campeonato Estadual em 2008 sob o comando de Vanderlei Luxemburgo e em 2009 uma frustração nas últimas rodadas do Brasileirão, Felipão era o medalhão que a diretoria buscava para trazer títulos.

Mas de longe o treinador empolgou como como nos anos 90 em sua primeira passagem. Felipão não tinha em seu plantel os jogadores “camarões” tão pedidos. Com atletas de qualidade discutível e muitos sem capacidade técnica de vestir a camisa do Palmeiras, Felipão fez o que esteve em sua altura nos torneios disputados.

Em 2010, o treinador já não contava com a casa alviverde que se encontrava em reformas para receber a moderna arena Allianz Parque. O Palmeiras migrava de estádio em estádio e mesclando jogos no Interior, Pacaembu e Arena Barueri o verdão seguia sendo apenas mais um figurante nos campeonatos.

Ao menos em clássicos Paulista o time se mostrava guerreiro e conseguia arrancar pontos em duelos importantes contra adversários mais fortes. O Palmeiras era uma espécie de Robin Hood dos campeonatos que disputava, perdia para os mais fracos e vencia os mais fortes.

Felipão conseguiu em 2010 e 2011 manter o alviverde na série A do campeonato nacional. O treinador era constantemente encontrado em manchetes de jornais por conta de suas coletivas diretas e aguerridas.

Em 2012, o treinador entrou para disputar a Copa do Brasil 2012 com o que tinha de melhor – convenhamos que não era muita coisa – e Felipão conseguiu tirar leite da pedra com um elenco que contava com nomes de Márcio Araújo, Juninho, Bruno, Maikon Leite e cia.

Com duelos eletrizantes, o verdão superou a equipe do Grêmio do antigo estádio Olímpico em Porto Alegre na semifinal, bateu o Coritiba dentro da arena Barueri no primeiro jogo da final e em uma partida eletrizante, empatou com a equipe Coxa Branca por 1 a 1 na segunda partida no Couto Pereira, faturando o bi-campeonato da Copa do Brasil em 2012.

Mas o verdão tirou o pé do acelerador no campeonato Brasileiro e quando realmente acordou no torneio, se encontrava em estado grave, prestes a cair de divisão. Não deu outra, com 10 rodadas de antecedência do término do campeonato, Felipão pediu para sair do comando do alviverde e dando oportunidade para Gilson Kleina tentar salvar a equipe. Não deu! O Palmeiras caiu para a segundona do Brasileirão pela segunda vez em sua história.

Felipão em sua segunda passagem no Palmeiras conquistou apenas o título da Copa do Brasil, de 10 competições que disputou de 2010 até 2012. O treinador venceu 66 partidas, empatou 46 e foi derrotado 43 vezes, com um aproveitamento de 54,47%.