Em partida válida pelo jogo de ida das quartas de finais da Copa do BrasilBahia e Palmeiras se enfrentaram perante uma Fonte Nova tomada por mais de 27 mil pessoas. Sem gols, o jogo terminou empatado em 0 a 0, e teve como maior destaque o uso do árbitro de vídeo pela primeira vez na história do futebol brasileiro.

Com o empate, baianos e paulistas decidirão quem passará para a semi-final no jogo de volta, marcado para o dia 16 de agosto, novamente em uma quinta á noite. Mas dessa vez na Allianz Parque, casa do Verdão. Quem vencer estará classificado e novo empate, independente de com gols ou não, levará a decisão aos pênaltis.

Primeiros 45 minutos movimentados mas sem gol

Diferente do que acontece em jogos de mata-mata, Bahia e Palmeiras não abdicaram de ir para cima desde os minutos iniciais. A equipe de Salvador tentou subir as linhas para pressionar. Perigoso quando retomava a bola, o verdão descia rápido, muitas vezes com perigo. Foi assim, por sinal, que a primeira grande oportunidade surgiu com menos de dois minutos. Em uma dessas retomadas, a bola sobrou para Dudu, que bateu mas viu Anderson fazer grande defesa.

Novas oportunidades surgiriam dos dois lados. Sozinho, praticamente na pequena área, Deyverson complicou um lance fácil e errou o gol ao tentar uma bicicleta. Em resposta, o Bahia chegou perto em bela cobrança de falta de Zé Rafael, que em seguida puxou contra-ataque deixando Gilberto em grandes condições. Mas o centroavante, em grande fase, dessa vez erraria o alvo. Com ambas as equipes sem poder reclamar da ausência de chances para fazer o gol, o primeiro tempo acabou mesmo em zero para os dois lados.

VAR usado pela primeira vez, penalti perdido e placar zerado no final

Se o comecinho do primeiro tempo teve chance clara de gol, no segundo não foi diferente. Mas dessa vez para o Bahia. Em cruzamento de MenaGilberto subiu livre e testou. O goleiro Weverton já estava batido, mas a bola foi para fora, raspando o poste esquerdo. Mais aceso, o tricolor de aço ainda viu Edgar Junio exigir defesa difícil do goleiro palmeirense.

Sem abdicar do ataque, o Palmeiras continuava a descer, e voltou a ser contundente aos 23 minutos. Artur recebeu passe livre, na cara do gol, mas ao dominar a bola para finalizar sofreu pesada carga de Gregore. Pênalti marcado e expulsão do jogador baiano - que minutos após, de forma histórica, seria anulada pelo VAR. O uso árbitro de vídeo pela primeira vez em um campeonato nacional no país tirou o cartão vermelho do volante tricolor mas manteve a decisão do claro pênalti. Bruno Henrique foi para a bola. E perdeu. Chute forte, indefensável se fosse na direção do gol, mas foi na do travessão. 

Inflamada ao ver o adversário perder o pênalti, a torcida do Bahia deixou a Fonte Nova em chamas. Euforia que não foi recebida dentro do gramado. Após a penalidade perdida, o jogo ficou em sua fase mais morna. Trocas de passe de ambos os times no campo de defesa e pouca tentativa de subidas ao ataque. A falta de cuidado que sobrou no início do jogo, faltou no final dele. De destaque, 'apenas' a expulsão do centroavante palmeirense Deyverson. Completamente sem sentido, o atacante acertou em cheio uma cotovelada no chileno Mena.  

Em razão da grande demora na consulta ao VAR, o jogo ainda teve mais nove minutos de acréscimos. Ainda assim, sem margem ou inspiração para mais nenhuma grande emoção. Zero a zero e decisão em aberto na volta.