Luis Felipe Scolari retornou ao futebol brasileiro e mais uma vez está nos arredores da Barra Funda. Dessa vez, com um elenco muito mais valorizado do que o último que ele treinou em 2012 e muito mais cobrado também.

O técnico que recebeu a proposta quando estava “de férias” em Portugal, não mediu palavras ao falar o quão estava contente por voltar ao Palmeiras.

“É com alegria e muita satisfação e orgulho que volto novamente ao Palmeiras. Motivado e convicto que podemos conquistar muito mais do que já foi conquistado no Palmeiras. Com o trabalho realizado em conjunto. É apenas o meu início de trabalho e estarei à disposição. Depois que atendi a ligação do Matos, vi a possibilidade de voltar, mas não imaginava essa situação pois estava vendo outras seleções, porém eu não dormi mais e após conversar com a família, por conta da identificação com o Palmeiras, projetamos o contato e demos andamento e posso dizer que estou muito feliz por retornar a minha casa”, disse. 

Ele também exaltou a estrutura que o Palmeiras tem atualmente, tanto no CT quanto no seu próprio estádio, pois em 2012 o time jogava em Barueri, por conta da reforma que sofria o estádio Palestra Itália.

“Hoje temos nosso estádio que é maravilhoso, temos uma estrutura que possivelmente, posso comparar com a estrutura que vi em Londres, no Chelsea e mais em nenhum lugar. É espetacular o que o Palmeiras pode oferecer para o seu técnico e jogadores. O elenco é muito bom, como outros times do Brasil também. O jogo diante do Bahia, eu vi apenas pela televisão e conversei pouco com o Paulo e Pracidelli. Foi um jogo equilibrado, tivemos um bom trabalho no primeiro tempo e dificuldade no segundo tempo. Agora temos que fazer um caminho correto no jogo de volta. Mas foi razoável”.

As perguntas sobre Libertadores não iriam ficar para trás e ao ser perguntado sobre um possível confronto entre Palmeiras e Corinthians, foi bastante cauteloso e deu a resposta que o torcedor palmeirense tanto queria.

“Eu posso falar sobre o Cerro, sobre o futuro... Não posso projetar. É passo a passo. O primeiro é o América, porque temos o Brasileiro também. E vamos enfrentar as três competições, porque não podemos priorizar uma, todas vão ser priorizadas e é o espirito que quero ver nos meus atletas. Eu vou pensar no Cerro a partir do jogo do América, depois é outro assunto”

O repórter Marcos Antomil, da VAVEL Brasil, questionou se assim como no Grêmio, que Roger Machado deixou tudo nos trilhos e o Renato Portaluppi colocou apenas o trem para andar, se no Palmeiras ele já pegaria os trilhos construídos, somente faltando decolar e com muito humor perguntou se “camarão demais enjoa”.

“Se lá em casa tivesse camarão todo dia, eu iria comer, mas é muito caro (risos). Acho que lá no Grêmio foi uma sequência, afinal tinha dívidas e dificuldades. Eu voltei em 2014 para um projeto e seguimos ele. A partir dali, tivemos um elenco que sustentou financeiramente e depois foi com o Roger essa continuidade e agora o Renato conseguiu montar esse time que é muito bom. O Grêmio se achou, teve essa sequência. Aqui é o inverso: foi depois de mim para o Grêmio e agora eu substituo ele aqui, vamos ver se conseguimos aquilo que é o normal que o Palmeiras está pretendendo, sempre chegando ao máximo possível nas finais do campeonatos e eu acho que posso passar para meus atletas essa vontade de como fazer pra chegar, com muito estudo, treinamento e dedicação”, disse.

Marcella Azevedo, repórter da VAVEL Brasil perguntou o que ele trazia de novo e de aprendizado da China, para esse Palmeiras em 2018.

“A China mostra o que é ser: Humilde, ter vontade, dedicação e disciplina quando estão trabalhando contigo. Aprendi que temos que ter tudo isso em uma equipe, para ter uma equipe de qualidade. Se lá não tem um campeonato tão badalado, lá tem grandes jogadores e grandes técnicos... Me ensinaram que para ganhar, é preciso ter um relacionamento bom, conhecer a cultura, conhecer como os jogadores gostam de se comportar. Tive lá um capitão de equipe fantástico, maravilho, assim como tive aqui de não camarões, o nosso Assunção que era espetacular. A China melhorou mais a minha tranquilidade, gostei de ter passado dois anos e meio lá e voltaria. Mas me deram essa situação de poder mostrar para os meus jogadores, como é que podemos ser uma grande equipe: com uma dedicação, que os chineses têm quando recebem os trabalhos que efetuávamos com eles”, finalizou.