Quem diria que esta quarta-feira (29) reservaria um jogo enorme, do tamanho da Libertadores, entre Cruzeiro e Flamengo no Mineirão. A equipe mineira avançou, mas os rubro-negros foram guerreiros, lutaram, brigaram e não se desorganizaram em nenhum momento. 

O primeiro tempo foi difícil. Como era de se esperar, o time celeste retardou ao máximo o jogo. O Mais Querido, quando chegou, foi chutando de fora da área com Marlos, Diego e Everton Ribeiro, mas sem nenhum tipo de êxito ou grande perigo. Barcos teve a grande chance, mas dentro da pequena área jogou para fora. 

Taticamente dois times organizados e que não se desmontaram. Barbieri tentou Vitinho de falso 9 e Marlos Moreno aberto, para ganhar mobilidade. Mano Menezes contou com a soberania de Dedé, que teve mais uma atuação de gala e foi impecável. 

A segunda etapa reservou um Cruzeiro mais precavido, explorando os contragolpes, e um Flamengo buscando espaços, tocando a bola. Marlos tentou após lançamento sensacional de Réver. Vitinho, mal no jogo, buscava nos chutes de longe um alento. E nada. Se não fosse por Diego Alves, que operou um milagre em chute de Thiago Neves, tudo teria ido por água abaixo cedo. 

Quando menos se esperava algo, da forma que ninguém imaginava, a bola de Léo Duarte foi parar no fundo das redes após levantamento de Everton Ribeiro, contando com um pequeno erro de Fábio. Por um momento, o flamenguista voltava a crer em uma improvável virada. 

Maurício Barbieri não teve medo de ousar. Colocou Lincoln, Henrique Dourado e Geuvânio. Foi para cima, tudo ou nada. Buscou, de qualquer maneira, o gol das penalidades máximas. A Raposa foi inteligente, segurou a bola, tirou a velocidade e foi mais feliz ao apito final. 

Eliminação que dá ao Flamengo uma grande esperança para o restante da temporada no Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Time organizado, com postura de vencedor e punido pela falta de atenção na partida de ida.