Dentro de campo, Boca Juniors e Cruzeiro fizeram um bom espetáculo no Estádio La Bombonera. Ambos se preocuparam apenas com suas estratégias de jogo buscando o resultado mais positivo ao final dos 90 minutos. O time Xeneize venceu por 2 a 0, com gols de Zárate e Perez, um em cada tempo.

Fora de campo, a trapalhada da arbitragem virou destaque. O árbitro Eber Aquino expulsou o zagueiro Dedé, após um choque do defensor com o goleiro Andrada. O juiz foi até o árbitro de vídeo, viu o lance calmamente e, em seguida, deu cartão vermelho para o jogador do Cruzeiro. 

Com o resultado, o Cruzeiro só conseguirá a classificação se vencer por três gols de diferença na partida de volta, que ocorrerá no dia quatro de outubro, quinta-feira, no Mineirão. Caso vença por apenas dois e não sofra gols, levará a decisão para os pênaltis. O Boca Juniors pode perder por até um gol de vantagem.

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Boca inicia pressão, mas Cruzeiro impõe jogo mais defensivo

Sem Arrascaeta, o técnico Mano Menezes apostou no meia Rafinha como substituto. Jogando em casa, o Boca Juniors iniciou o jogo pressionando, tentando impor o ritmo dentro de campo, mas aos poucos foi cedendo perante a estratégia celeste. Mais aparelhado defensivamente, o Cruzeiro conseguia neutralizar as investidas xeneizes. 

O time de Guilhermo Schelotto apostou no toque de bola para tentar envolver a defesa do Cruzeiro, mas os celestes, principalmente, o zagueiro Dedé não permitiu o grandes ações do Boca Juniors. Após os 30 minutos iniciais, a estratégia que se concentrava em Pavón, pelo lado esquerdo, trocou de lado. 

Atuando mais pela direita, os espaços surgiam, e foi desta forma que saiu o primeiro gol do Boca Juniors. Zárate fez boa tabela com Pablo Perez, no setor dominado por Léo e Egídio, e o atacante saiu livre na cara de Fábio, que não conseguiu defender o arremate. Boca, 1 a 0. 

Mesmo perdendo, o Cruzeiro não exigia muita defesa argentina. Mesmo que Robinho, Thiago Neves e Rafinha trabalhassem alguma jogada, o centroavante Barcos estava apagado, facilitando as coisas para a dupla de zaga do Boca Juniors, Isquierdoz e Magallán. 

Cruzeiro inicia bem, mas cede ao domínio argentino e a trapalhada da arbitragem

No segundo tempo, o Cruzeiro foi mais incisivo e quase empatou o jogo. No lançamento de Thiago Neves, Rafinha tocou por cima do goleiro. A bola iria para o gol, mas Barrios tirou no limite da linha fatal, evitando a igualdade no placar. 

No entanto, após este lance, o Cruzeiro voltou a ser o mesmo do primeiro tempo. Mais retraído, dava ao Boca Juniors a posse da bola esperando por um contra-ataque que quase não existiu durante os 90 minutos.

Sabedor de que o Cruzeiro abriria espaços, o técnico Schelotto sacou Zárate e colocou Villa, e deu mais velocidade a ponta-direita do campo. Mais tarde, foi a vez de Mano Menezes tirar Thiago Neves, lesionado, e colocar Rafael Sóbis, que pouco produziu. 

Aos 29 minutos, veio o grande destaque do jogo. Após cruzamento na grande área, o zagueiro Dedé, involuntariamente, cabeceou o rosto do goleiro Andrada que, por sua vez, caiu tonto no gramado e sangrando na boca. Em seguida ao atendimento, o árbitro Eber Aquino foi até o VAR, viu o lance por vários ângulos, e depois expulsou o defensor cruzeirense sob alegação de maldade por parte do jogador. A atitude do juiz gerou um misto de descrença e irritação por parte dos celestes. 

Após a expulsão, Mano Menezes puxou o volante Henrique para a defesa. Logo depois, veio o segundo gol do Boca Juniors. Jara fez o cruzamento e Edilson cortou errado. A bola sobrou para Perez arrematar de perna direita e balançar as redes de Fábio. 

Com um a menos, o Cruzeiro não encontrou forças para correr atrás do prejuízo. O Boca Juniors também não se aproveitou, e a partida terminou com a vitória xeneize.