Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, a Chapecoense vive situação delicada restando oito rodadas para o fim da competição. Com a vitória do Ceará sobre o Cruzeiro, o Verdão do Oeste agora está com três pontos de diferença para o primeiro time fora do Z-4.

Eduardo sabe como é lidar com a pressão de precisar fugir da degola. O lateral-direito já participou de dois rebaixamentos para a segunda divisão durante a carreira. Em 2008, o primeiro, ao lado do Vasco, e em 2014, com o Criciúma.

"Passei por isso e sei bem como é. Dias sem dormir, sem se alimentar direito. É um fracasso. Não consegue sair na rua, nem levar os filhos na escola sem escutar algo ruim", revelou o jogador.

Nos cinco anos em que está na Série A, esta é a pior situação da Chape em uma reta final de campeonato. De acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os catarinenses estão com 64% de chances de caírem pela primeira vez à Segundona.

O clube, que passou por uma rápida ascensão até chegar à elite do futebol brasileiro, atraiu a simpatia de torcedores de todo o país. Após a tragédia aérea de 2016, a maior do esporte nacional, o mundo se solidarizou à Chape. Por esses motivos, nenhum jogador participar de um rebaixamento da Chapecoense.

"Manchar minha história com o descenso da Chapecoense seria horrível para mim, não sei se superaria tão fácil. Encontrar forças para brigar para isso não acontecer. Queremos deixar a Chapecoense na Série A. É uma questão de honra, de respeito e carinho. Em respeito à memória dos que partiram. Eles nos entregaram o time na Série A e é aqui que temos que deixar", afirmou Eduardo.

No próximo sábado (27), o Verdão terá pelo caminho um concorrente direto. Às 19h, enfrenta o América-MG, primeira equipe fora do Z-4, na Arena Condá.