Em partida emocionante, o Paysandu perdia por 2 a 0 já no primeiro tempo, mas conseguiu a virada aos 45 minutos da etapa final e venceu o Figueirense por 3 a 2 no Orlando Scarpelli. O treinador, João Brigatti, elogiou o esforço da equipe bicolor, que conseguiu dar a volta por cima e garantir um resultado favorável, tirando provisoriamente o Papão da zona de rebaixamento na Série B.

"É enaltecer esses guerreiros, né. Depois de uma partida atípica contra o Guarani, se doaram demais e tivemos só dois dias para recuperar. Você viu que a equipe sentiu, principalmente no começo do primeiro tempo. O time estava espaçado, não ferveu na partida como tem acontecido. Você sair perdendo de 2 a 0 contra uma equipe complicada como essa, que só ficou atrás, esperando para jogar por uma bola para definir a partida... Ainda bem que tivemos o pênalti para nós, que o Carmona converteu. Formos para o vestiário e conversamos muito", contou.

Brigatti ressaltou a postura da equipe no segundo tempo e mostrou confiança quanto à permanência do Papão, que disputa ponto a ponto contra Criciúma e CRB uma vaga na Série B da próxima temporada.

"No segundo tempo acho que só jogou uma equipe. O Figueirense só se defendeu. Conseguimos empatar. Teve um gol, pelo que nosso assessor repassou, foi mal anulado. Mas no finalzinho fomos coroados, graças a Deus, com o gol do Timbó. Hoje a gente dorme fora da zona de rebaixamento. E tem uma coisa importantíssima: só depende da gente, na verdade. É uma equipe totalmente difícil que vamos enfrentar na última partida, mas esses três últimos jogos nos dão a confiança de que, se a gente entrar em campo com os pés no chão, temos tudo para permanecer na Série B", analisou.

O técnico também comentou o desgaste físico dos atletas e disse ter contado com a sorte diante do Figueirense.

"Eu trabalhei muito tempo na Ponte, eu nasci na Ponte Preta. Tinha um segurança lá, Brandão, que dizia assim: "o homem não pode ser um homem de pouca fé". Isso está gravado na minha cabeça desde 11 anos de idade, quando eu entrava no túnel da Ponte, encontrava o Brandão e ele falava isso. O Maicon não estava bem. Tentei fazer a dobra. O Magno também não estava bem hoje, sentiu a outra partida porque correu demais. Se a gente tivesse um elenco um pouco maior eu poderia ter trocado vários jogadores, só que a gente fica com receio, porque o time jogou tão bem contra o Guarani que deveria repetir. Mas acho que o desgaste lá foi o ponto negativo da nossa equipe, principalmente no primeiro tempo. Saímos de 2 a 0 contra uma equipe muito difícil. Depois passa na cabeça da gente que temos que fazer alterações. Tem que mudar. Tentei com o Hugo Almeida já no intervalo. Passei para o elenco que tínhamos condições, era só pôr a bola no chão e voltar a ser aquele time aguerrido, que tem conjunto, que íamos conseguir a vitória. Depois eu tirei o Maicon, que também não se apresentou bem hoje. Desloquei o Nando para a (lateral) direita e o Matheus Silva por cima, pois na base ele era extrema direita. E sabia que se não tivéssemos conseguido fazer o terceiro gol, teria que pôr o Diego Ivo de atacante, principalmente jogando a favor do vento. Está todo mundo de parabéns. A gente precisa dessa confiança, da garra, mas também da sorte", finalizou.

O Paysandu enfrenta o Atlético-GO na última rodada da Série B. A partida será realizada na Curuzu, às 17h (horário de Brasília), do dia 24 de novembro. Para depender apenas de si próprio, o Papão precisa que o CRB perca nesta sexta-feira (16) para o Londrina.

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