As eleições no Flamengo, realizadas nesse sábado (8), deram a vitória ao oposicionista Rodolfo Landim (Chapa Roxa). O placar, 1879 a 1097, porém, mostrou uma disputa com o atual vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba (Chapa Rosa). José Carlos Peruano (Chapa Amarela), 22 votos, e Marcelo Vargas (Chapa Branca), 41 votos, não passaram de meros azarões.

No segundo mandato de Bandeira de Mello, com mais receita do que nos três primeiros anos, as expectativas aumentaram a cada ano, mas os títulos não vieram e as decepções - e vexames - foram sendo colecionadas, irritando cada vez mais os torcedores rubro-negros.

Com discurso de “tolerância zero com a derrota”, Landim terá que colocar em prática logo de cara, as promessas feitas na campanha. A primeira decisão terá que ser a respeito do novo técnico da equipe. Após anos com treinadores promissores, mas ainda inexperientes, a torcida - que deu um show em 2018, com a maior média de público da história do Brasileiro por pontos corridos - espera um nome capaz a levar o Flamengo de volta ao caminho das conquistas.

O único consenso era Renato Portaluppi. Porém, o treinador acabou renovando novamente com o Grêmio, e jogou um balde de água fria nesse sonho rubro-negro. Agora, o nome mais próximo é o de Abel Braga, que enfrenta resistência em setores da torcida, especialmente nas redes sociais - que impactaram em algumas decisões do futebol rubro-negro no último triênio, mas o futuro vice de futebol, Marcos Braz, afirmou que Abelão tem "muita chance" de ser o técnico.

Essa parcela da torcida pediu que um treinador estrangeiro seja contratado, e o principal nome que surge nessa corrente é o de Jorge Sampaoli, ex-treinador da Seleção Argentina. O argentino chegou a ser anunciado como futuro treinador do Flamengo em 2015, caso Wallim Wasconcellos ganhasse o pleito. Porém, a princípio, esse desejo das redes sociais está distante de ser atingido.

Se o treinador for mesmo Abel, ele terá serviço rapidamente para saciar a sede da torcida rubro-negra por títulos de expressão. Fora de campo, o novo departamento de futebol, que será comandado por Braz, terá uma importante missão de renovar o elenco, também um dos problemas apontados por Landim na campanha eleitoral.

Com muito dinheiro, e pouco tempo disponível, a nova diretoria do Flamengo não terá margem para erros se quiser recolocar o Rubro-Negro novamente no topo do futebol brasileiro.

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