A Ponte Preta, em 2018, não conseguiu sua principal mira: o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, terminando a Série B em quinto lugar. Nem no Campeonato Paulista, a Macaca mostrou a força de sempre, não passando nem da primeira fase.

Na temporada toda, foram 58 jogos, em três competições diferentes: Campeonato Paulista A1, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro Série B. Ao todo, foram 52 gols a favor e 40 sofridos. 

Chamusca deixa Ponte longe do acesso

O pior momento da equipe foi durante a passagem de Marcelo Chamusca comandando a equipe. Ele ficou no cargo por apenas 25 dias e não conseguiu vencer nenhum jogo dos cinco que comandou, com um aproveitamento de 20%.

Quando ele deixou o cargo, no dia 26 de setembro, a equipe estava mais perto da zona de rebaixamento do que do G-4. Ele deixou um desafio para quem assumisse a equipe: garantir a permanência na Segundona em nove jogos.

Gilson Kleina assumiu em crise e trouxe esperanças para a equipe

Gilson Kleina assumiu a equipe em crise: perto da zona de rebaixamento e sem vencer há oito jogos, sendo cinco com Marcelo Chamusca. Na sua terceira passagem pelo clube, Kleina tinha uma missão quase impossível.

Quando assumiu, a Ponte estava em 11° lugar, com 35 pontos, apenas seis a mais do que o primeiro time no Z-4. Gilson fez a equipe voltar a vencer: em nove jogos, foram sete vitórias e dois empates. A defesa voltou a ser a menos vazada do Campeonato; nos nove jogos com ele no comando, a equipe tomou apenas 4 gols. A Ponte Preta terminou a competição no quinto lugar, com 60 pontos, lutando até a última partida por uma vaga na elite do futebol.

A defesa foi o grande destaque da Macaca

O zagueiro Renan Fonseca e o lateral-esquerdo Danilo foram os destaques da equipe na temporada. A Ponte foi a equipe menos vazada na Série B, com apenas 30 gols tomados. 

O lateral entrou em campo 32 vezes, com três gols e oito assistências. É um dos laterais que mais participou de gols no ano. Ele pertence ao Atlético-MG, estava emprestado para a equipe de Campinas e não deve seguir no elenco para 2019.

Já Renan Fonseca teve uma crescente com o técnico Gilson Kleina, tomando apenas 4 gols durante os nove jogos que o comandante esteve à frente. Além disso, dividiu a braçadeira de capitão com João Victor. Ele atuou em 37 dos 38 jogos da Série B e, em todos, ficou os 90 minutos em campo. O zagueiro já acertou seu contrato para 2019.

Victor Rangel deixa a desejar 

Após deixar de fechar contrato com o Paysandu para fechar com a Ponte, Victor Rangel chegou na equipe com expectativas altas, já que vinha bem no Cafetaleros de Tapachula, do México, com seis gols em 19 partidas e campeão da segunda divisão do campeonato local. 

Porém, Victor não atingiu o que se esperava: em 13 jogos pela Macaca, o atacante não conseguiu marcar nenhum gol. Desde 2015, quando passou pelo Grêmio, o jogador não ficava sem marcar por uma equipe. 

Ponte Preta teve 5 técnicos no ano e bate recorde

A Ponte, durante a temporada de 2018, teve cinco técnicos diferentes e bate recorde: desde 1998 a equipe não trocava tanto de comandantes em uma só temporada. Eduardo Baptista começou a temporada, mas não conseguiu terminar nem a primeira fase do Paulistão. João Brigatti ficou para o término da competição. Após o fim, chegou Doriva.

Doriva caiu em maio, após 11 jogos. Briggati assumiu novamente por mais quatro meses, até que Marcelo Chamusca assumiu, em setembro. Porém, ele ficou apenas cinco jogos; sem vencer nenhuma partida, Marcelo foi mandado embora em 26 de setembro. Gilson Kleina assumiu e fez uma campanha boa, levando a equipe a ficar em quinto lugar na Série B. Para 2019, a Macaca já tem novo comandante: Mazola Júnior fechou contrato na última quinta-feira (6).

2019 traz novas esperanças 

Para 2019, o torcedor pode esperar um time modesto, já que, como disse o próprio presidente, João Armando Abdalla, " (...) a Ponte não tem capacidade de enfrentamento financeiro que os ditos grandes clubes, eles estão num patamar financeiro muito mais elevado."A Ponte irá participar dos mesmos campeonatos desse ano: Paulistão, Copa do Brasil e Série B.

Desde 2006 que a Macaca não consegue o acesso para a elite nacional na temporada seguinte à queda. Então, em 2019, mesmo com um time sem grandes investimentos, a equipe almeja seu retorno à elite. No Paulista, ao contrário do que aconteceu esse ano, o time espera passar da primeira fase e, como sempre acontece, ser a pedra no sapato de Palmeiras, Santos, Corinthians e São Paulo.