
Na manhã da última quarta-feira (23), em entrevista coletiva na Academia de Futebol, Palmeiras, Crefisa e FAM anunciaram a renovação do patrocínio milionário. Se a renovação de 2017, com investimento de mais de R$130 milhões por dois anos de contrato gerou uma repercussão gigantesca, a de 2019 chocou até os mais audaciosos de plantão.
Na nomeada "#MaiorParceriaDoBrasil" os valores podem chegar a R$410 milhões de reais por três anos de contrato, sendo R$81 milhões por temporada somente pelo nome das empresas de Leila Pereira (Crefisa e FAM - Faculdade das Américas) estampados na camisa. O acordo ainda inclui R$15 milhões de luvas por renovação de patrocínio, bonificações por metas batidas podem chegar a R$34 milhões e R$6 milhões por propriedades de marketing (como participação em salários de jogadores).
Não há dúvidas de que essa parceria tem favorecido muito o clube Alviverde. São três títulos nacionais desde que a patrocinadora chegou ao clube, em 2015. Mas, tanto investimento, tem retorno para as empresas envolvidas? O que Crefisa e FAM colhem de tudo isso?
Em entrevista coletiva, Leila mencionou o crescimento de suas empresas: "A visibilidade ultrapassou os limites do Brasil. Foi por paixão, mas nossa marca, com a marca Palmeiras, fez nossas receitas subirem ainda mais." E não é para menos. Só a Crefisa teve, até o primeiro semestre de 2018, seu patrimônio dobrado. De 2,1 bilhões de reais para 4,55 bilhões de reais, segundo seus próprios balanços financeiros.
O investimento foi maior, mas o retorno também. Já a FAM, em 2014 (antes de patrocinar o Palmeiras), contava com pouco mais de 1.000 alunos em sua instituição de ensino e, em 2017, o grupo educacional já ultrapassava os 12.000 alunos. Mais estudantes é igual a mais dinheiro; o lucro de 2016 chegou a 63 milhões de reais, em 2017, já eram 105 milhões, segundo a consultoria Atmã, especializada em educação.
O que começou por uma grande paixão trouxe benefícios estratosféricos, tanto para a Sociedade Esportiva Palmeiras, quanto para Leila e suas empresas. Fica evidente o equilíbrio entre investimento e retorno, mesmo que esse primeiro seja o grande alvo da mídia e, principalmente, dos rivais, que, segundo Leila deveriam buscar um patrocinador tão forte quanto o do Palmeiras.
É inegável que a parceria funciona de maneira exemplar e, como ela (Leila) mesma diz "É o maior patrocínio da história do futebol. Não tenho dúvida de que é invejado no Brasil." Em 2019 o investimento da conselheira foi ainda maior e, o que se espera disso, são números cada vez mais surpreendentes, que justifiquem - novamente - a "maior parceria do Brasil".
