A situação do Botafogo neste início de ano é terrível. Colecionando péssimas atuações e derrotas para times de menor expressão, o Alvinegro já está eliminado da Taça Guanabara, além de amargar a lanterna do Grupo C com apenas um ponto conquistado em quatro partidas.

Além disso, a classificação para a semifinal do Campeonato Carioca passa a ficar ameaçada, já que a pontuação da equipe precisa ser recuperada na Taça Rio devido ao péssimo rendimento neste primeiro turno de competição. 

Na noite da última quinta (31), a derrota por 1 a 0 para o Resende em pleno Nilton Santos foi o estopim para os torcedores. Representada por vaias e xingamentos, a frustração dos botafoguenses e dos próprios jogadores era perceptível.

Após o jogo, poucos atletas falaram com a imprensa. Jean foi o primeiro. Perguntado sobre a atuação ruim do Botafogo, o volante criticou o futebol apresentado pelo time e frisou a necessidade de trabalhar para superar esse início de ano sofrível.

"Ruim não, péssima, horrível. Tivemos pequenas evoluções, oportunidade de matar o jogo. Sabíamos que precisávamos dos três pontos, não tinha como ser só o empate. A gente se expôs mais e eles fizeram no contra-ataque quatro contra dois. É trabalhar, pé no chão e reverter. Só a gente pode, trabalhar triplicado para isso".

Gatito Fernández, um dos líderes do Glorioso, assumiu que a equipe deveria estar entre as classificadas para a semifinal, mas pregou foco em melhorar para a disputa da Copa Sul-Americana. O Botafogo enfrenta o Defensa y Justicia daqui a cinco dias. 

"A gente não foi bem no começo de ano, tínhamos a esperança de fazer um grande jogo. Acho que o maior desgaste foi da gente. O Resende está de parabéns pela vitória, mas a gente tinha que estar classificado como um time grande do campeonato. Não resta mais do que continuar trabalhando buscando a nossa melhor performance para terminar bem o turno e pensar na Sul-Americana".

O último a comentar o resultado foi Marcinho. Um dos mais perseguidos pela torcida, o lateral minimizou as vaias e, assim como seus companheiros, afirmou que o único meio de evoluir é trabalhando. 

"Tem jogadores que têm essa cobrança, a torcida pega no pé. Estamos acostumados, o mundo não vai acabar. É trabalhar muito e melhorar nossa situação".