Depois de empatar com gols no Uruguai, o Atlético recebeu o Danubio no Estádio Independência em busca da vitória da classificação em casa para a terceira fase da Copa Libertadores da América. Com a vantagem do empate, já que o 2 a 2 persistiu no placar no primeiro jogo, o time alvinegro buscaria o bom resultado na frente de seu torcedor de qualquer forma.

Levir Culpi escalou o Atlético-MG de uma maneira bem tradicional, com o mesmo time que o torcedor atleticano tem o costume de acompanhar em campo. O 4-2-3-1 teve força máxima e não teve nenhuma mudança no time considerado titular do Atlético. Victor foi o goleiro; Patric, Rabello, Réver e Fábio Santos compuseram a zaga; Adílson e Elias foram os volantes; Luan, Chará e Cazares os meias e Ricardo Oliveira - o pastor - o centroavante da equipe. Do outro lado, no time uruguaio comandado por Marcelo Méndez, Grossmuller e Federico Rodríguez eram as referências técnicas do time do Danubio.

Dado o apito inicial, o Galo correspondeu às expectativas sobre sua superioridade sobre os uruguaios logo de cara e começou a partida com tudo. Logo aos 15 minutos de jogo, o equatoriano Cazares arriscou de fora da área, o goleiro Cristóforo espalmou mal para frente e viu Luan aproveitar o rebote para marcar o primeiro gol do Atlético.

O 1 a 0 no placar pareceu animar a equipe, que cresceu e produziu ainda mais, partindo para cima da zaga do time de Montevideo. Minutos após o gol, a torcida atleticana viu Cazares e Luan tentarem de longe e levarem perigo ao gol do Danubio. A equipe visitante simplesmente não conseguia suportar a pressão do Alvinegro e nem parecia ter entrado em campo no Horto.

Num contra-ataque mortal, Ricardo Oliveira foi lançado na entrada da área e foi derrubado por Cristóforo. Imediatamente o juiz assinalou a penalidade máxima, para alegria da torcida da casa. Ricardo Oliveira deslocou o goleiro para ampliar o placar para o Atlético no Independência. 2 a 0 e muita facilidade para atacar e agredir o time de fora.

Embalado com o gol, o Pastor, já na chance seguinte, aproveitou uma nova jogada em velocidade para marcar seu segundo na partida e o terceiro gol atleticano, na marca dos 27 minutos de partida. O Galo  vinha avassalador no jogo, sem dar nenhuma chance para o Diluvio, que pouco fazia para diminuir a desvantagem no placar.

Até os minutos finais do primeiro tempo o time alvinegro conseguiu agredir o adversário e administrar o jogo com muita qualidade ao mesmo tempo. Aos 43 minutos, entretanto, o juiz marcou falta de Patric em Onetto dentro da área, o que deu a chance para o Danubio diminuir o placar no Horto. Grossmüller bateu com qualidade e fez o primeiro do time uruguaio no jogo.

O retorno para o vestiário serviu bem para o visitante voltar para o jogo com outra postura em campo. Nos primeiros 10 minutos de returno o Danubio dominou completamente as ações na partida. E a pressão deu certo: aos 12’, o jovem Siles tentou de muito longe e marcou um golaço para a equipe do Uruguai. O 3 a 2 colocou o time atleticano em uma situação bem mais desconfortável no jogo.

Mesmo após o segundo tento do Danubio, o Atlético seguiu observando o Diluvio  trocar bola com tranquilidade na região do meio-de-campo. Chará deu uma esfriada no time uruguaio ao acertar um potente chute colocado da entrada da área e exigir uma bela interceptação do goleiro Cristóforo.

O ritmo da partida se manteve o mesmo até o final, com o time uruguaio seguindo com a posse de bola e o Atlético apostando nas jogadas de contra-ataque. Sob muita pressão, o time atleticano foi inteligente para barrar as jogadas em velocidade e para o jogo nas horas certas.

Em um raro contra-ataque atleticano, Cazares tentou encobrir o goleiro Cristóforo e quase marcou o quarto do Atlético, gol que mataria a partida nos minutos finais. O Danubio não aproveitou os cinco minutos de acréscimos dados pelo juiz e acabou eliminado da competição. Com o 3 a 2, o Atlético-MG conseguiu avançar para a terceira fase da Copa Libertadores da América com o placar agregado.

Na próxima fase, a equipe alvinegra enfrentará o vencedor de Barcelona de Guayaquil ou o Defensor-URU.

VAVEL Logo
Sobre o autor