Após a entrevista de Caio Henrique, foi a vez de Gilberto falar com a imprensa no CT Pedro Antônio. O lateral voltou a disputar jogo após seis meses fora, por conta de uma lesão no joelho. E esteve em campo durante os noventa minutos.

"Fiquei orgulhoso de mim mesmo. Esperava jogar menos tempo, senti ritmo de jogo. No último lance, senti câimbra. Agora é manter isso aí" disse.

A partida contra o Bangu marcou a estreia do meia Paulo Henrique Ganso. Gilberto elogiou o companheiro de equipe e comemorou a oportunidade de atuar ao lado de um ídolo.

"O Ganso é muito importante. É um cara que é o ídolo de muita gente aqui. Me lembro que eu parava de fazer qualquer coisa para ver aquele time jogar. Ele é muito inteligente. Agora, sou eu que posso tabelar com ele e dar assistência. Estou aprendendo muito. Ele é humilde e só tem a agregar ao grupo".

Gilberto contou como foi sua volta aos gramados. O lateral revelou que pediu ao treinador Fernando Diniz para ficar no banco na final da Taça Guanabara, contra o Vasco, mas o comandante preferiu esperar.

"Eu fiquei muito feliz. Na semana anterior ao jogo contra o Bangu, eu fiquei o tempo todo sem dor no joelho. O que era difícil. Então, pedi ao Diniz para jogar contra o Vasco. Queria que ele me levasse para a final para ficar ao menos no banco. Estava me sentindo bem. Ele pediu para esperar um pouco, para que eu ficasse tranquilo. Que eu poderia estrear na semana seguinte de forma mais tranquila. Até fiquei um pouco nervoso, mas deu certo. Confiei. Na semana contra o Bangu, não senti nada de dor. Quando fui para a concentração, parecia que era tudo novo. Seis meses foi muito tempo. Quando acordei pela manhã, me emocionei. Chorei. Parecia um sonho. Graças a Deus pude jogar".

Sobre o período afastado, o lateral lembrou que a fase mais difícil foi a que estava de muletas. E falou sobre a emoção de retornar e sem dores.

"É difícil falar sobre isso. De verdade, o que passou na minha cabeça foi o que aconteceu no Flamengo. Eu acordei feliz por estar de volta, mas vi umas matérias sobre o que aconteceu lá. E eu lembrei que os moleques não estavam mais com a gente. Para quem joga, essa parada foi muito forte. Graças a Deus eu estou bem e recuperado e posso jogar".

Após a estreia na Taça Rio, o Fluminense agora pensa na Copa Sul-Americana. O adversário na primeira fase será o Antofagasta, do Chile. Gilberto falou sobre a partida.

"A gente está muito confiante. Diniz fez uma reunião com a gente para falar do adversário, que não é muito conhecido. Ele nos mostrou os pontos fortes e o que temos de ter cuidado. Futebol pode nos reservar muitas surpresas".

Gilberto também falou sobre a importância de Fernando Diniz. O treinador passou confiança para o lateral, o que deu forças para a renovação com o Fluminense acontecer.

"Ele foi muito importante para mim. Quando o jogador termina o ano lesionado é ruim. Terminava o meu contrato e eu conheci o Diniz nas férias. Ele estava chegando e me conheceu lesionado. Mesmo assim, falou muito comigo e disse que queria contar comigo. Eu fiquei feliz. A partir dali, cresceu a minha vontade de renovar e permanecer".

O lateral agradeceu o apoio da torcida, que pediu sua renovação mesmo tendo passado os últimos seis meses fora por causa da lesão. E afirmou que espera que essa seja a melhor temporada de sua carreira.

"Tudo está caminhando para ser a melhor temporada da minha vida. O estilo de jogo do Diniz, o apoio da torcida. Eu vi uma entrevista do Fred, na qual ele falou que após a Copa quem mais abraçou ele foi a torcida do Fluminense. Comigo foi a mesma coisa. Realmente, nunca tinha visto um carinho tão grande assim. Por vezes, o jogador machuca e fica fora um mês e recebe críticas. Eu fiquei seis meses parado e a torcida queria a minha renovação. Vou trabalhar muito para ser o meu melhor ano" finalizou.

Na próxima terça-feira (26), o Fluminense enfrenta o Antofagasta, pela Copa Sul-Americana, no Maracanã, às 21h (de Brasília). A partida é válida pelo jogo de ida da primeira fase da competição.