Depois da dolorosa derrota por 1 a 0, dentro de casa, para o Cerro Porteño na partida de abertura da fase de grupos, o Atlético-MG via o jogo contra o Nacional do Uruguai como um divisor de águas para seguir na Copa Libertadores. Para isso, o clube alvinegro viajou até Montevidéu motivado e em busca de surpreender o time local dentro do Estádio Gran Parque Central. O que não aconteceu.

A única novidade em relação ao time derrotado na semana passada foi a entrada de Jair no lugar do suspenso Adílson . No domingo, quando o Galo bateu o Patrocinense fora de casa pelo Campeonato Mineiro, também pelo placar de 1 a 0, Levir escalou um time completamente reserva - pensando justamente na partida contra o tradicional time uruguaio.

No time da casa, Gonzalo Bergessio era jogador que o time atleticano deveria ficar mais atento. O experiente centroavante de 34 anos tem uma gama enorme de qualidades ofensivas. Além dele, Carballo e Gabriel Perdomo eram nomes de velocidade e que dariam problemas se a zaga do time brasileiro não ficasse atenta.

Jogo travado

O início de jogo foi de muito toque de bola para o Atlético-MG, que esperava as decisões do Nacional para sair com a bola de forma efetiva. Por mais de 15 minutos faltou criatividade para a equipe mineira avançar com precisão, já que Luan e Cazares - os principais jogadores capazes de armar o time - não conseguiam encontrar Ricardo Oliveira em sua melhor posição.

Aos 23' veio a primeira boa jogada de perigo por parte do Atlético. Patric encontrou Ricardo Oliveira na entrada da área e cruzou para o camisa 9 cabecear por cima do gol do goleiro Conde. Com 25' marcados, foi a vez de Cazares tentar de longe após o vacilo da zaga do time uruguaio.

O retorno do time da casa veio na marca dos 31 minutos. Carballo desperdiçou uma excelente chance para o Nacional abrir o placar na frente de seu torcedor. A oportunidade animou o público presente no Gran Parque Central.

Mas o jogo "era de lá e de cá". Zé Welison respondeu para o time brasileiro e deu um belo chute de longe direto na trave. O volante fez um ótimo primeiro tempo. Com 40 minutos, o jogador ainda roubou uma bola no meio-de-campo e lançou Cazares, que novamente tentou encobrir o arqueiro uruguaio mas não teve sucesso.

No final, em uma bola levantada na área atleticana, Rodríguez pegou o rebote de cabeça e mandou com perigo de cabeça uma bola que passou a metros do gol de Victor. Boa chance aérea criada pelo time uruguaio, uma de suas maiores armas.

A primeira etapa foi marcada por bastante equilíbrio, embora tecnicamente o Atlético tenha se sobressaído sobre a equipe da casa, que não conseguiu produzir muito ofensivamente. Portanto, o 0 a 0 acabou ficando de bom tamanho para o que ambos os times apresentaram.

(Foto: Club Nacional)
(Foto: Club Nacional)

Na volta do intervalo...

O segundo tempo teve vários indícios de que o Nacional dificultaria mais as coisas para o Atlético. O time comandado pelo argentino Eduardo Domínguez começou colocando pressão pelos lados do campo, principalmente na lateral onde estava Patric, que não dava sorte no um-contra-um com os uruguaios.

Apenas aos 6 minutos Ricardo Oliveira foi acionado, porém o centroavante estava em posição de impedimento. No lado do Nacional, Gonzalo Castro foi acionado por diversas vezes pelo lado esquerdo do ataque e levou perigo para o Galo, mas sem conseguir concluir bem suas jogadas.

O time alvinegro ainda teve boa oportunidade em uma cobrança de falta com Ricardo Oliveira, mas o Pastor acabou mandando a bola na barreira. O troco do Nacional veio com Zunino, novamente de cabeça, mas o camisa 13 tirou demais do gol de Victor.

Na chance seguinte do time da casa, mais uma vez com uma jogada aérea, a zaga atleticana não conseguiu afastar e Bergessio cabeceou com força para marcar o primeiro gol da partida. Dadas as circunstâncias e a melhora do time da casa na segunda etapa, o 1 a 0 acabou sendo justo.

Aos 30 minutos, Bergessio tentou recuar uma bola esquisita para o goleiro Conde e acabou “entregando de bandeja” para o camisa 9 atleticano. O artilheiro, por sua vez, conseguiu avançar com a bola mas não foi feliz em sua finalização cruzada, mandando longe do gol dos uruguaios.

Até o final da partida, porém, o Nacional foi muito inteligente para administrar as ações do jogo e segurar o resultado positivo. O Atlético-MG seguiu tentando. Guga, que havia entrado na vaga do lateral Patric, até entrou bem e criou, mas já era tarde para uma reação.

E agora?

O resultado acaba sendo o pior possível para o time atleticano, que agora depende de resultados externos além de ter que ganhar quase todos os jogos que restam pelo grupo E. Ainda sem pontos, a próxima partida do clube mineiro pela Libertadores será contra o Zamora, no dia 4 de março, dentro de casa.