Novamente chamado para compro o grupo da Seleção, o zagueiro Miranda concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (20). Na preparação para a Copa América, o zagueiro de 34 anos da Inter de Milão diz que o foco é ser campeão da competição continental, mas também contou que não há uma pressão obsessiva pelo título.

"Pressão de ganhar sempre existe, é natural se tratando de Seleção Brasileira, mas é futebol. Vamos buscar o título, sim. Essa mescla de jogadores jovens e experientes é para suportar todos os momentos, a favor ou contra, momentos felizes ou tristes. Estamos preparados, mas não vejo pressão do tipo ‘tem que ganhar a Copa América'."

Essa de Miranda foi contra todas as teorias da mídia crítica acerca da participação do Brasil na Copa América. É comum uma seleção do porte da brasileira almejar obrigatoriamente o título continental após ser eliminada nas quartas de uma Copa do Mundo, como aconteceu com a Canarinha, ao perder para a Bélgica por 2 a 1.

"Acho que a Copa América e as Eliminatórias servem para nós, jogadores mais experientes, proteger os mais jovens que estão chegando. Eles vão se preparando e os mais experientes recebem a carga. Vou ser sincero, penso apenas em aproveitar todas as oportunidades que vou ter nesse período."

Fazer meu melhor será a melhor forma de preparar a Seleção Brasileira para o Mundial.

De acordo com Miranda, os convocados mais jovens, como Éder Militão, de 22 anos, têm grande potencial e condições para estarem na Seleção neste momento. O zagueiro também garantiu que as cobranças acontecem tanto para os mais velhos de grupo quanto para os mais novos.

"A Copa América e as eliminatórias servem para os mais experientes protegerem um pouco os mais jovens. Eles se preparam e nós recebemos toda a pressão. Não penso no Mundial (de 2022), penso em aproveitar todas as oportunidades que eu possa ter nesse período. Fazer meu melhor será a melhor forma de preparar a Seleção Brasileira para o Mundial."

Despedida?

Quando questionado sobre o futuro de sua carreira, o zagueiro  contou que seria uma covardia abrir mão da Seleção.

"Eu não penso ainda na minha despedida. Penso no meu momento e enquanto tiver condições de atuar em alto nível, vou atuar. Se eu me despedir em condição de atuar em alto nível, serei um covarde. É uma caminhada ainda longa até o próximo Mundial, há toda uma eliminatória depois da Copa América, sabemos da dificuldade e não posso deixar a Seleção na mão."

Escalado como titular para sábado, contra o Panamá, ao lado de Militão, Miranda terá o compromisso de manter a defesa brasileira sem sofrer gols depois da Copa do Mundo. O último tento sofrido foi aquele de De Bruyne, da Bélgica, nas quartas de final.

"O principal objetivo é a vitória, mas é claro que para defensores não sofrer gols é um objetivo. Eu odeio sofrer gols, quando sofro vou para casa p... . Esperamos começar e terminar o jogo com nosso goleiro sem sofrer gols."

Lembrando que o Brasil joga contra o Panamá no sábado (23), às 14h, no Estádio do Dragão, na cidade portuguesa de Porto.