O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista após a derrota para o Flamengo por 3 a 2, neste domingo (24), no Maracanã. Diniz comentou sobre a decisão de poupar quase todo o time titular para esta partida. Dos titulares, apenas Caio Henrique e Ganso jogaram.

O melhor para o Fluminense pensando no campeonato, na temporada, era os jogadores serem poupados, e não jogar com os titulares. A sequência é o que nos interessa. Se os jogadores se lesionassem, teríamos um arrependimento muito maior. Tomei a decisão sabendo dos riscos” disse o treinador.

Apesar da derrota, o comandante elogiou a equipe e o poder de reação, que marcou dois gols após estar perdendo por 3 a 0. Dodi e João Pedro diminuíram para o Tricolor.

Claro que uma equipe sem treinamento, existia um risco, mas todos têm condições de serem titulares. Fiquei feliz principalmente com o que a gente fez no segundo tempo”.

Sobre a atuação dos jogadores, Diniz explicou as substituições de Mateus Gonçalves e Allan. E afirmou que o segundo gol ocorreu devido a um desajuste coletivo, pois não estão acostumados a jogarem juntos.

Da atuação, o negócio de ter levado dois gols, é o futebol. A equipe voltou melhor para o segundo tempo, sofremos o segundo gol por um desajuste coletivo, o que é normal por termos jogado com um time que não treinou e enfrentar o Flamengo. Achei que aquele momento era importante mexer, tirei o Mateus Gonçalves, que gostamos. Allan saiu por causa do erro? De maneira alguma. É um grande jogador, vai nos ajudar bastante na temporada”.

Fernando Diniz continuou analisando a atuação da equipe e destacou o estado emocional dos jogadores, que, segundo ele, não é a mesma coisa fazer no treino e no jogo, principalmente num clássico.

A dificuldade maior que acho é a falta de jogo junto que esse time tem. O jogo não é tático, físico e técnico, tem o aspecto emocional. Acho que isso pesou um pouco, a gente foi se adaptando, a equipe voltou melhor no segundo tempo, quando levamos o segundo gol a gente estava melhor. Essa adaptação durante o jogo foi muito importante, e só se consegue isso jogando, e jogando grandes jogos. A minha leitura foi essa”.

O treinador optou por Agenor como titular no gol. Vindo do Guarani, o goleiro chegou ao Tricolor em janeiro deste ano e essa foi a primeira partida com a camisa do Fluminense. Apesar dos gols sofridos, Diniz elogiou sua atuação.

O Agenor eu conheço há muito tempo, tem tudo a ver com time grande. A gente tem dois grandes goleiros. Menor surpresa para mim, está muito bem treinado, teve uma atuação muito segura”.

Sobre Calazans, que também foi escolhido para o time titular, Fernando Diniz afirmou que não sabe como está sua situação, mas deseja que o jogador permaneça no Fluminense.

A minha relação com o Calazans é muito próxima, confio muito, vejo muito potencial, gostaria muito que ficasse, não sei se fica ou se sai”.

Em relação à arbitragem, Fernando Diniz criticou o pouco tempo de acréscimo dado pelo árbitro João Batista de Arruda no segundo tempo.

A primeira partida que estou aqui que tiveram dois minutos de acréscimos e não teve jogo. Não se justificavam dois minutos, eu nem ia falar nisso, mas tudo bem”.

O segundo gol do Fluminense foi marcado pelo atacante João Pedro, de 17 anos e que estava na base até ano passado. Diniz elogiou o jogador, que disputou seu terceiro jogo como profissional e marcou seu primeiro gol.

João Pedro estava voltando, ganhando ritmo, tem um potencial muito grande e um futuro brilhante pela frente”.

Na semifinal da Taça Rio, o Fluminense enfrentará novamente o Flamengo. Apesar de ser o mesmo adversário, o treinador destacou que serão jogos diferentes, com circunstâncias diferentes.

Não consigo fazer uma relação desse jogo com o jogo de quarta. O de hoje não decidia muita coisa, o de quarta decide. O que serve para nós serve para o Flamengo. As equipes vão se conhecendo cada vez mais”.

Fernando Diniz também comentou sobre a expulsão de Pablo Dyego, aos 48 minutos do segundo tempo, após acertar o pé no rosto de Léo Duarte. Para o treinador, o lance foi acidental.

Eu acho que o Pablo Dyego nem viu o Léo Duarte, foi acidental. Eu, se fosse o árbitro, não expulsaria. Não foi a intenção. Ele botou o pé na bola tentando botar o pé na bola. Foi um lance feio, mas já conversei com ele, está tudo certo. Maldade ele não tem nunca, sentiu muito a expulsão”.

Ganso e Caio Henrique foram os únicos titulares que entraram em campo. Diniz explicou a escolha pelo camisa 18 na equipe. Segundo ele, sua versatilidade é um ponto forte.

O Caio Henrique é muito versátil. ele já jogou de falso 9, e pelas peças que a gente tinha, é um cara que se adapta em várias posições. A ideia era ter essa flutuação mesmo ali. No primeiro tempo não aconteceu muito. A gente não tinha um jogador de referência. O João Pedro era uma opção, mas estava há muito tempo sem jogar, então minha decisão pelo Caio foi por isso” finalizou.

Na próxima quarta-feira (27), Fluminense e Flamengo voltam a se enfrentar, dessa vez pela semifinal da Taça Rio. Por ter se classificado em primeiro no grupo B, o Tricolor tem a vantagem do empate. A partida será no Maracanã, às 21:30 (de Brasília).