Após decidir rescindir o contrato com o consórcio que administrava o Maracanã, comandado pela Odebrecht, o Governo do Estado do Rio de Janeiro aprovou a proposta e a dupla Flamengo e Fluminense administrará o estádio provisoriamente, por seis meses, prorrogável por mais seis, após a saída da construtora no dia 18 de abril.

A informação foi divulgada em primeira mão pelo "globoesporte.com". Direto de Boston, nos Estados Unidos, o governador Wilson Witzel (PSC) anunciou a decisão por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais: 

"Tenho a grata satisfação de anunciar que, após um processo transparente, um processo ético, o Maracanã está sendo devolvido ao futebol do Rio de Janeiro. Os vencedores: foi apresentada uma proposta pelo Flamengo e Fluminense que vai administrar o estádio por 180 dias, prorrogáveis por mais 180 dias dias. É o tempo que teremos para fazer nova licitação para parceria público-privada, essa sim por mais 35 anos".

Mesmo com o presidente do Vasco, Alexandre Campello, sendo contra a parceria entre dois clubes, alegando que o estádio é um patrimônio público, a intenção da dupla Fla-Flu é ceder o uso também para os outros dois rivais, o Cruz-Maltino e o Botafogo, que também tem o Nilton Santos.

Witzel alegou descumprimento do contrato da licitação para romper com a Odebrecht

No dia 18 de março, o governador do Rio surpreendeu quando anunciou a decisão de rescindir o contrato de licitação do Maracanã, após ter dado declarações indicando que manteria a parceria com o consórcio liderado pela Odebrecht. Para embasar a decisão, Wilson Witzel alegou que a construtora não pagou pela outorga do estádio e também usou a confusão na final da Taça Guanabara como exemplo:

"Ainda mais com descumprimento de contrato, não dá para manter, ainda mais com dívida. Vou conversar com os clubes para que não aconteça o que houve no Fluminense x Vasco. Ficamos esperando a Justiça decidir com 30 mil querendo entrar, e a polícia no meio dessa história".