Apesar da derrota do Corinthians para o Ceará por 1 a 0 nessa quarta-feira (03), o timão avançou na Copa do Brasil por conta do bom resultado no jogo de ida, onde venceu o time de Fortaleza por 3 a 1 no Castelão, garantindo a vantagem que o levou a classificação.

Em entrevista logo depois da partida, o técnico Fábio Carille foi questionado se o time não havia se acomodado devido à grande vantagem contra o adversário adquirida na primeira partida. 

"A gente não se acomodou, não. Nosso primeiro tempo foi legal, fomos agressivos na marcação. O Cássio praticamente não trabalhou até a expulsão. Eu puxando o contra-ataque com o Clayson estava funcionando bem", rebateu Carille.

Na análise do treinador alvinegro, o principal fator na derrota corinthiana foi o cansaço do time, agravado pela expulsão de Cássio aos 17 minutos da segunda etapa, quando o goleiro defendeu um chute de Ricardo Bueno com a mão fora da área e levou cartão vermelho. A partir desse momento, o Ceará cresceu na partida e dominou o time paulista na Arena Corinthians, em Itaquera. 

"Conseguimos nosso objetivo. Entramos para tentar a vitória. Mas depois da expulsão as coisas ficaram mais difíceis por causa do cansaço", comentou. "Depois da expulsão muda tudo. Se eu coloco o Pedrinho em campo eu tenho a participação de um a menos sem bola. Por isso a entrada do Ramiro, um jogador que sabe fazer lado e prender bola. O que você programa e discute no dia, muitas vezes com um lance você acaba mudando tudo".

Na coletiva após a partida, o técnico também explicou porque tem optado por Vagner Love como "titular de segundo tempo" no lugar de Pedrinho, que tem ficado na reserva do Corinthians.

"Com o Love tenho mais força de ataque, mais presença de área, coisa que estou brigando com o Pedrinho. Preciso que meus jogadores de lado sejam mais agudos. Os números mostram que o Pedrinho não é um atacante e finalizador, é um meia que joga de lado. Algo que o Jadson fez em 2015, mas ele fazia gol e entrava na área. É algo que ele precisa melhorar. A gente não tem uma participação dele sem bola. Por isso ele tem que ser mais incisivo, incomodar mais o adversário quando temos a bola", explicou.

"Com esse meio de campo, meu jogador de lado não pode ser meia. Tem que incomodar mais, participar mais. Essa é a intenção. Acredito que encontrei o equilíbrio. Incomodar mais o adversário. Como ideia, repetição de trabalho, como não temos muito tempo, não consigo treinar outras coisas. Com meu meio de campo assim, meus jogadores de lado precisam ser mais agudos", acrescentou, cobrando uma postura mais "incisiva" de Pedrinho, meia-atacante de 20 anos. 

O próximo compromisso do Corinthians é na segunda-feira (08) contra o Santos, em partida válida pelo segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista. 

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