O melhor jogador em campo no confronto entre Flamengo e San José no estádio Jesús Bermúdez, há um mês, Diego Alves espera um jogo mais tranquilo no reencontro das equipes no Maracanã. Apontado como goleiro com mais defesas difíceis na competição sul-americana (6), Diego falou em entrevista coletiva na manhã de hoje, 10, sobre a importância da próxima partida do rubro-negro na Libertadores além de outros aspectos que envolvem a peleja.

De início, o jogador tirou o peso da pressão pré-jogo. “Pressão vai existir, é normal por ser Flamengo, maior clube do Brasil. As coisas tomam proporções diferentes. O Flamengo é dessa grandeza e a repercussão dessa maneira. Jogador que não quer pressão, tem que procurar outro lugar, porque aqui exige isso”, declarou.

O camisa 1 ainda destacou a altitude como fator principal de dificuldade na partida anterior contra os bolivianos. Desta vez, jogando no nível do mar, a expectativa é de um melhor desempenho do rubro-negro carioca.

“Acho que lá a altitude atrapalhou bastante. A gente sabe que é bem difícil jogar naquele estádio. Acredito que aqui seja diferente e eu tenha um pouco mais de tranquilidade. Conseguimos uma vitória importante na Bolívia, depois conseguimos somar mais três pontos contra a LDU. Infelizmente não conseguimos contra o Peñarol. Tudo vai passar pelo que fizermos contra o San José. Esse é o jogo mais importante. O Peñarol conquistou seus 3 pontos e nós temos que fazer nosso papel”, afirmou.

Diego Alves também foi questionado sobre o desempenho do time no jogo aéreo defensivo. 7 dos 15 gols sofridos pela equipe rubro-negra foram de cabeça.

A verdade é que hoje a bola parada é uma das jogadas mais importantes, mais trabalhada por todos os times. Por mais que tenhamos sofrido gols de cabeça, foram jogadas de contra-ataques. Contra o Fluminense, o jogador [Gilberto] não saltou, abaixou para cabecear. Contra o Peñarol, foi um deslize. Não vou considerar normal, tomar gol não é normal, mas pode acontecer e também pode ser corrigido. Estamos corrigindo, mas não vejo como uma obsessão. São jogadas esporádicas, contra-ataques. Para ser ofensivo em casa, você acaba deixando alguns espaços. É uma situação que pode acontecer, mas podemos melhorar”, afirmou.

Outros trechos da entrevista

- Como não se contagiar com a alta expectativa da torcida?

”É o pensamento que não pode acontecer. Se todos pensam que vai ser fácil, que o Flamengo vai passar o carro como você falou, mas temos um adversário preparado, teve troca de técnico, e jogo de Libertadores nunca é fácil. Não podemos nos deixar levar pela emoção e vontade da parte externa, temos que ser cautelosos nesse sentido. Saber da nossa responsabilidade. Somos nós que temos que buscar o resultado com muita cautela, muito respeito”, disse.

- E os titulares do ataque?

“Não sei (risos). O Abel deve ter na cabeça, está esperando resposta do departamento médico para saber com quem pode contar ou não. Mas independentemente do jogador, quem estiver dentro de campo já sabe a função que tem que ser feita. Como em outras oportunidades em que não tivemos jogadores que vinham jogando e quem entrou correspondeu. Não é algo que preocupe. Os 11 que estiverem em campo e quem estiver fora estarão preparados para tudo”, ressaltou.

- Boa fase

“Estamos ali para isso, os goleiros estão sempre bem preparados para poder ajudar o time na hora que precisar. Temos ótimos profissionais no clube, tanto o Wagner quanto o Nielsen (preparadores) são excelentes, vêm demonstrando desde o começo do ano nos deixando bem preparados. Não só eu, como César, Gabriel [Batista], se o Thiago tivesse chance de jogar iria corresponder também. Nossa função é ajudar, lógico que às vezes não sai da maneira que queremos, mas a gente fica feliz em corresponder com nossa parte”, concluiu.