O atual campeão da Sul-Americana chega com grandes expectativas para o Brasileirão desse ano, com elenco, uniforme, escudo e nome renovados. Os jogadores comandados por Tiago Nunes precisam manter o nível do elenco anterior para se provarem capazes de levantar outra taça importante no novo ano.

O início da temporada

Mantendo a filosofia implantada no meio desta década, o Athletico joga o estadual com time de aspirantes. Assim como foi com Tiago Nunes em 2018, quem comanda a equipe no Paranaense é Rafael Guanaes. O desafio era de conquistar o título e seguir os passos do técnico da equipe principal.

O primeiro turno do estadual não foi como esperado, com eliminação precoce na fase de grupos. Mas na segunda etapa a equipe bateu o maior rival, Coritiba, e foi campeão contra o Toledo. Na Libertadores, empolgação. A equipe, agora comandada por Tiago Nunes, aplicou uma goleada histórica no Boca Juniors, na Arena da Baixada, e assumiu a liderança do Grupo G, com a classificação praticamente garantida.

Escalação e contratações

(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)
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Dois dos nomes mais importantes da conquista da Sul-Americana em 2018 - Raphael Veiga e Pablo -, deixaram o clube. O meia estava emprestado ao Furacão, e retornou ao clube que detém seus direitos, o Palmeiras. Já o goleador, chamou a atenção de vários clubes e acabou fechando com o São Paulo. Quem chegou para substituí-los foram: Tomás Andrade, Léo Cittadini e Marco Ruben. O argentino parece ter se adaptado com extrema facilidade ao rubro-negro, tendo como seu jogo mais icônico o 3 a 0 sobre o Boca, marcando os três gols.

Sendo assim, a escalação do Athletico até aqui tem sido: Santos, Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno, Renan Lodi; Lucho González, Bruno Guimarães, Camacho; Nikão, Marco Ruben, Rony.

Algumas variações são possíveis com Paulo André entrando na zaga, Léo Cittadini no lugar de Camacho, Tomás Andrade brigando por vaga com Lucho, e Marcelo Cirino sendo opção para o segundo tempo, normalmente no lugar de Rony.

Destaque: Bruno Guimarães

(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)
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O meia de 21 anos começou a temporada da melhor forma possível: são dois gols e duas assistências em quatro jogos na fase de grupos da Libertadores. Ele também estava no time campeão da Sul-Americana, e agora chama atenção de clubes europeus. Representantes de ChelseaShakhtar Donetsk estiveram na Arena da Baixada nos jogos contra Boca Juniors e Tolima. O diário inglês Daily Mail, noticiou que a equipe inglesa estaria disposta a pagar 34 milhões de libras pelo meia (cerca de R$ 173 milhões).

Bruno começou a carreira no Audax-SP, e logo desembarcou em Curitiba, para vestir a camisa do Furacão, em 2017. Naquele ano, disputou apenas cinco jogos, entrando aos finais das partidas. Em 2018 teve mais espaço na equipe de aspirantes que foi campeã do estadual, e logo foi promovido à equipe principal, junto de Tiago Nunes. Até aqui são 69 jogos com a camisa rubro-negra. 

Fique de olho: Marco Ruben

(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)
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O experiente atacante argentino de 32 anos chegou com a responsabilidade de substituir o artilheiro da maior conquista do clube: Pablo. Seu início de temporada tem sido marcante, deixando sua marca quatro vezes nesta edição da Libertadores, sendo três delas contra o Boca Juniors.

Na história da competição, Ruben tem 15 gols em 22 jogos, e é agora o 20º argentino com mais gols na Libertadores. A chegada do atacante fez o técnico Tiago Nunes alterar a forma do time jogar, com Rony sendo promovido a titular, já que sua velocidade pelos lados funciona bem com estilo de jogo do camisa 9. 

Técnico: Tiago Nunes

(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)
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O jovem técnico do Furacão fez história ao levar a equipe de aspirantes ao título do estadual e a equipe principal à conquista da Sul-Americana, em 2018. Agora, o desafio do treinador é manter o ótimo aproveitamento dentro de casa e buscar uma posição de briga no topo da tabela do Brasileirão.

Pelo menos o apoio da torcida ele terá, já que em enquete do site GloboEsporte.com, Tiago é considerado o maior técnico da história do clube por 72% dos torcedores. Os números são ótimos: 34 vitórias, 14 empates e apenas 9 derrotas, totalizando 66% de aproveitamento. Por fim, o dia do fico, em 12 de abril, fez a popularidade de Tiago aumentar ainda mais, já que recusou oferta do Atlético-MG e decidiu continuar treinando o Furacão. 

Estádio: Arena da Baixada

(Foto: Matheus Gabriel/VAVEL Brasil)
(Foto: Matheus Gabriel/VAVEL Brasil)

O Caldeirão do Athletico é peça fundamental para o sucesso do clube. O aproveitamento diante da torcida é histórico, e os adversários conhecem a fama do Estádio. Localizada no bairro Água Verde, em Curitiba, a Arena da Baixada foi inaugurada em 1914 e remodelada em várias oportunidades, mas a mais icônica foi a repaginada para a Copa do Mundo de 2014.

A inauguração foi em 14 de maio de 2014, num amistoso contra o Corinthians, com vitória da equipe paulista por 2 a 1. O primeiro gol foi marcado por Marcelo Cirino, que está atualmente no elenco rubro-negro. O recorde de público foi de 40.263 torcedores, na final da Sul-Americana, no ano passado, contra o Junior Barranquilla.

Posição em 2018: 7º lugar

 

(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)
(Foto: Divulgação/Site Oficial CAP)

O Athletico terminou a Série A de 2018 na sétima colocação, com 57 pontos, sendo 16 vitórias, 9 empates e 13 derrotas, alcançando a exata porcentagem de 50% de aproveitamento dos pontos. Apesar de estar na final da Sul-Americana, o Furacão não desistiu de lutar por uma vaga na Libertadores de 2019 via Campeonato Brasileiro, e lutou até o fim pela 6ª posição contra o Atlético-MG, mas sem sucesso.

A vaga veio mesmo pela conquista da competição continental. Na última edição do Brasileirão, o Furacão bateu seu recorde de vitórias consecutivas dentro de casa, chegando a marca de 12. 

Expectativa para 2019

2019 promete mais do que 2002, quando o Athletico entrou na Libertadores como campeão do Brasileirão em 2001, já que o número de jogos na época não exigia tanto do elenco e a eliminação precoce na fase de grupos da Libertadores deixou um clima melancólico no clube.

Por ter disputado a competição continental, o Furacão ficou de fora da Copa do Brasil daquele ano, e a posição no Campeonato Brasileiro também foi decepcionante: apenas um 14º lugar. Agora, em 2019, o título da Sul-Americana oferece duas finais internacionais à equipe: a Recopa Sul-Americana, contra o River Plate, e a Copa Suruga, contra o Shonan Bellmare.

No Brasileirão, a equipe será oferecida a uma chance de demonstrar sua força de uma forma diferente, nos pontos corridos, em contraste ao grande número de competições mata-mata que o clube enfrentará.