O Santo André irá enfrentar, neste domingo, a equipe da Água Santa pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Paulista A2. O primeiro jogo, realizado no estádio Bruno José Daniel, acabou 2 a 0 para o Ramalhão. 

Para aproximar a torcida, a diretoria resolveu fazer um treino no estádio, com os portões abertos para os torcedores. Cerca de 150 pessoas compareceram. Os jogadores falaram com exclusividade para VAVEL Brasil

O experiente Cristian falou Da importância que seria a equipe conseguir o acesso para elite do futebol paulista.

“Se acontecer, vai ser algo muito importante, não só para mim, mas para todos os jogadores do elenco, para o Santo André, que tem história, que construiu sua história com títulos sem expressão e com expressão. Então, vai ser muito importante para nós e, com certeza, se a gente conseguir, vamos ficar muito felizes.”

Depois,  Guilherme Garré, um dos destaques do time, citou a importância do apoio da torcida do Santo André, que sempre compareceu ao jogos e não deixou de acreditar na equipe.

“A torcida do Santo André sempre nos apoiou, independente da divisão, do momento do clube, no momento do time isso influencia muito dentro de campo porque eles passam uma energia muito positiva e, consequentemente, a gente acaba mostrando isso dentro de campo.”

O atacante Maikinho, que foi liberado pelo departamento médico da equipe para jogar neste domingo, disse que as expectativas para o jogo são as melhores possíveis. 

“A expectativa é a maior possível. Se tratando de um acesso, de um jogo tão importante para o clube nesse ano, a gente está muito motivado e vamos para ganhar o jogo lá e conquistar o acesso para o Santo André e presta torcida que merece muito.”

O goleiro Thomazella manteve os pés no chão, mesmo com a boa vantagem. “O jogo está em aberto, não tem nada definido, enquanto o juiz não apitar o final do jogo. A gente vai entrar concentrado, sabemos que a gente tem essa vantagem de 2 a 0, mas é um jogo completamente difícil, contra uma equipe muito qualificada do Água Santa, então a gente não pode dar bobeira em momento algum. Tem que entrar concentrado, ligado para que a gente não venha a ser surpreendido. A gente tem que conseguir jogar com o regulamento embaixo do braço. A gente quer entrar e jogar de igual pra igual. Procurar sempre a vitória, sempre jogando com inteligência.”

Esquerdinha, o torcedor símbolo 

Na torcida do Ramalhão, há uma figurinha carimbada em todos os jogos. Trata-se do torcedor símbolo Esquerdinha, de 56 anos. Ele anda pelas ruas da cidade com sua bicicleta ou seu carro, ambos estilizados com o símbolo e as cores da equipe.

Ele falou sobre como ele se sente, após todos esses anos, em mais uma possibilidade de acesso. “A emoção renova, nós que estamos aí desde 75 com o Santo André campeão, 81 também estava lá; todos os acessos eu estava. Então é que nem o artista, entrar no palco e dar aquele friozinho na barriga. Já estou numa adrenalina lascada, essa noite eu, com certeza, não vou dormir e amanhã vamos coroar, com méritos, o nosso acesso e o Santo André na primeira divisão, lugar que ele nunca deveria ter saído. Esse é um título que, sinceramente eu não gosto de comemorar. Temos é que estar na primeira divisão sempre. Santo André tem nome, tem camisa, tem os torcedores que amo. Amanhã é um dia de festa.” 

Para terminar, ele contou que não estava muito confiante no acesso no início da temporada. “Eu realmente, no início, achei que esse time a cair. Estava desacreditado, não sei o que aconteceu nos bastidores. Depois do jogo contra Juventus que eu vi uma reação nesse time que, pra mim, foi um milagre. Alguma coisa aconteceu que mexeu com a equipe. A partir desse jogo que eu vi o time com cara de campeão.”