Chegando ao seu sexto ano consecutivo na Série A e sem rebaixamentos, o objetivo da Chapecoense em 2019 segue sendo manter-se na elite do futebol brasileiro. Nos últimos anos a equipe conseguiu bons resultados no Campeonato Brasileiro e a diretoria deseja repetir a dose.

Após perder peças importantes da última temporada, o Verdão do Oeste conta com um elenco que pouco lembra a equipe de 2018. Com a diretoria pretendendo ainda reforçar o time com novos nomes e liberando alguns atletas, a Chape pode começar o Brasileirão com novidade em praticamente todas as posições.

Começo de temporada

No início do ano, a equipe do Oeste Catarinense deveria cumprir os compromissos com a Copa Sul-Americana, Campeonato Catarinense, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Mas a Chape não contava com uma eliminação precoce na competição internacional.

Em fevereiro, a equipe acabou eliminada da Sul-Americana diante do Unión la Calera e passou a focar na Copa do Brasil e estadual. A chegada do treinador Ney Franco mudou os ânimos dos jogadores, que passaram a ter melhores resultados sob o comando do técnico.

Foto: Divulgação / Chapecoense
(Foto: Divulgação / Chapecoense)

O Verdão chegou à final do estadual na segunda posição da tabela, ficando atrás apenas do Avaí, adversário na decisão do campeonato, mas acabou levando o empate no tempo normal e perdendo o título na decisão nos pênaltis.

Na Copa do Brasil, cinco jogos: quatro vitórias e um empate. A Chapecoense eliminou o São José-RS (0 a 0), Mixto (1 a 2) e Criciúma (5 a 2 no agregado). A última partida da equipe foi contra o Corinthians (1 a 0), mas a partida de volta ainda será disputada, e o confronto segue em aberto.

Idas e vindas: as contratações até agora

A equipe de Santa Catarina começou o ano se despedindo de grande parte dos jogadores que atuaram pelo time em 2018. O goleiro Jandrei, os zagueiros Rafael Thyere, Nery Barreiro, Fabrício Bruno, o meia Canteros, os atacantes Doffo, Leandro Pereira e Welligton Paulista deixaram a Chapecoense na temporada.

Marcio Cunha / Chapecoense
(Foto: Marcio Cunha / Chapecoense)

As novidades no elenco são os atacantes Aylon, Renato, Everaldo, Thiago Santos e Rildo, os meias Gustavo Campanharo, Augusto e Marcos Vinicius. Para a defesa, o zagueiro Gum, além de João Ricardo e Vagner para o gol. Vini Locatelli, Regis e Tharlis subiram das categorias de base. Algumas transferências e saídas ainda estão em andamento.

Escalação

Desde a chegada de Ney Franco, a Chape vem apostando no tradicional 4-3-3. No campo, Márcio Araújo toma a posição de primeiro volante, Elicarlos como segundo e Campanharo fica solto para jogar. Na hora de marcar, o time forma uma linha de 5 no meio-campo, tornando um 4-5-1. 

Destaque: Everaldo

Após a saída de Welligton Paulista, a responsabilidade no centro do campo agora está com o atacante Everaldo. Voltando para o futebol brasileiro e buscando se firmar como destaque, o centroavante tem o último toque, o cabeceio e a força física ideal para ser o mandante da equipe alviverde nesta temporada.

Marcio Cunha / Chapecoense
(Foto: Marcio Cunha / Chapecoense)

No entanto, é importante ressaltar que a chegada do meia Gustavo Campanharo na equipe ajudou muito o desenvolvimento do grupo e principalmente do centroavante. Campanharo é o homem da bola parada na Chapecoense e ao lado de Everaldo pode se firmar como a dupla destaque do time neste ano.

Fique de olho: Régis

Cheio de personalidade, o garoto de 21 anos subiu para o profissional nessa temporada e começou a ganhar oportunidades com o técnico Ney Franco. Rápido e habilidoso, Regis tem mostrado capacidade de preencher a ponta direita do ataque.

Marcio Cunha / Chapecoense
(Foto: Marcio Cunha / Chapecoense)

Com intensidade, ele não tem se intimidado com o tamanho dos adversários e foi o dono do único gol da Chapecoense diante do Avaí na final. Onde marcou uma pintura de fora da área direto no ângulo, sem chances para o goleiro.

A filosofia de Ney Franco

Contratado após sequência de uma má atuação da Chapecoense no estadual, Ney Franco retomou o bom futebol em Chapecó e preza pela partida jogada com a bola no chão, sem lançamentos desnecessários. A intensidade e característica também tem agradado aos torcedores, e o trabalho pode evoluir ainda mais com o tempo - afinal, ele só assumiu há cerca de um mês.

Foto: Marcio Cunha / Chapecoense
(Foto: Marcio Cunha / Chapecoense)

Palco de emoções e luta: Arena Condá

Com capacidade para mais de 20 mil torcedores, a Arena Condá é um lugar sagrado para a comunidade de Chapecó. Palco das maiores emoções, lutas e vitórias da equipe catarinense, o estádio é recheado de lembranças e homenagens, e é onde a torcida apoia e empurra os jogadores.  Não é à toa que o recorde de público pelo Campeonato Catarinense nesta temporada, por exemplo, pertenceu ao Verdão.

Foto: Divulgação / Chapecoense
(Foto: Divulgação / Chapecoense)