Na véspera do jogo de volta contra o Sol de América, pela segunda fase da Copa Sul-Americana, Eduardo Barroca concedeu entrevista coletiva após o último treinamento da equipe antes de entrar em campo nesta quarta- feira (29), às 19h15 (de Brasília), no Nilton Santos. O treinador analisou a partida contra os paraguaios e destacou a necessidade da equipe entrar ligada desde os minutos iniciais.

"Entendo esse jogo como um de 180 minutos. Passei para os jogadores que jogamos o primeiro tempo. É como se fosse iniciar o segundo tempo de um jogo normal com uma vantagem que temos. Precisamos entrar muito atentos. Nesse tipo de jogo é fundamental começar ativo, ligado, de forma agressiva, para trazê-lo da forma que interessa pra nós. Quem sabe trazer uma vantagem para o intervalo e ficar numa situação mais confortável, porque a gente sabe que é muito difícil ter conforto em um jogo internacional".

Vale lembrar que o Alvinegro venceu o duelo de ida fora de casa por 1 a 0. Portanto, pode até empatar no Rio de Janeiro que se classifica para a próxima fase. Como de praxe, Barroca não escondeu a escalação e confirmou a volta de Carli, Luiz Fernando e Erik, desfalques na derrota do último final de semana para o Palmeiras, ao time.

O Botafogo irá à campo com a seguinte formação: Gatito Fernández; Fernando, Carli, Gabriel, Gilson; Cícero, João Paulo, Alex Santana; Luiz Fernando, Erik e Diego Souza. Ainda se recuperando de lesão, Rodrigo Pimpão segue fora do time.

Perguntado sobre a importância do retorno de Erik, artilheiro do Glorioso no ano e na competição, o comandante rasgou elogios ao atacante e comentou sua principal característica dentro de campo.

"Ele tem sido muito importante fazendo gols e participando muito coletivamente. Tem muita velocidade, acaba se completando com Diego Souza, que é a referência. Além dos gols, ajuda a criar as jogadas, tem sido um desafogo com a bola no espaço. Todos os jogadores têm se dedicado muito. Botafogo ainda não sofreu gols na competição. Espero que a gente consiga fazer grande jogo".

O treinador alvinegro também falou sobre seu bom aproveitamento no Rio desde que chegou ao Botafogo, e aproveitou para convocar a torcida para o duelo contra o Sol de América.

"No Rio, desde a minha chegada, a gente venceu o Bahia e a Fortaleza. Mesmo com o Fluminense como mandante, vencemos. Me sinto muito bem de trabalhar nesse estádio e vejo que a equipe se sente muito bem. A torcida sempre apoia, incentiva, e isso na minha opinião faz a diferença. Tenho expectativa alta de o torcedor vir, ajudar, e a gente retribuir com a classificação".

Veja abaixo outros tópicos abordados na coletiva de Barroca:

Diego Souza

"Pedi para o Diego flutuar contra o Palmeiras. Entendi que ele flutuando poderia gerar espaços na última linha. Diego tem capacidade para fazer mais de uma função, e eu estou bastante atento para utilizá-lo em outras situações. Vou trabalhar isso mais na Copa América".

Victor Rangel (novo reforço para o ataque do Alvinegro)

"Prometo falar dele assim que ele assinar o contrato. Ele ainda está nos trâmites finais. Assim que ele documentar oficialmente a chegada dele ao clube, prometo discorrer sobre esse assunto".

Criação de jogadas

"Está faltando para nós conseguir fazer mais gols, converter as oportunidades, criar mais chances, e aí é uma responsabilidade minha como treinador. Acredito que só conseguiremos isso na plenitude na parada da Copa América. Você divide o foco disputando duas competições concomitantemente. Só vamos conseguir padrão de excelência na parada, porque vou conseguir trabalhar sem dividir foco de jogo".

VAR

"Talvez eu não sejo crítico tão feroz em relação à arbitragem, porque eu sei o quanto é difícil tomar decisão com constrangimento de tempo e sob pressão. Eu era bem mais jovem no Bahia e apitar o rachão era difícil pra caramba. Porque os caras tinham uma competitividade grande, e você tem que tomar a decisão mesmo numa brincadeira.  É muito difícil tomar decisão. Na minha visão, o VAR é muito positivo para o futebol, porque um erro de tomada de decisão pode comprometer todo um trabalho com essa pressão e constrangimento de tempo. Entendo que o VAR é muito positivo".

"Eu acho que a gente ainda não encontrou a melhor forma. E quando falo forma, eu falo até sobre a velocidade com que a coisa é feita, do tempo em que ele leva se desenvolvendo para tomar uma decisão e da forma como ele se comunica com as pessoas que estão ajudando. Acho que o grande pulo do gato será quando a gente encontrar a melhor forma da velocidade para a tomada de decisão".

"E o árbitro não pode perder a independência da arbitragem, ele não pode ser um reprodutor daquilo que o externo está passando para ele.  Acho que com o tempo, amadurecimento, experiências e os problemas que os jogos vão proporcionar em diversas situações, a tendência é que a gente vá se desenvolvendo e isso melhorando. Minha expectativa é essa enquanto treinador".