Já foi dada a largada na Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França. Esta será a oitava edição do evento, que começou em 1991. São 24 equipes, divididas entre seis grupos. Neste guia, falaremos mais sobre o Grupo D, que conta com Inglaterra (cabeça de chave), Escócia, Argentina e Japão - única seleção do grupo que já foi campeã.

A primeira rodada do grupo será entre domingo (9) e segunda-feira (10). No primeiro dia, a Inglaterra enfrenta a Escócia, às 13h. O outro confronto é entre Argentina e Japão, também no mesmo horário.

A classificação para as oitavas de final é entre as duas primeiras colocadas de cada grupo mais as quatro melhores terceiras colocadas.

Inglaterra

A seleção inglesa já participou de quatro edições da competição, mas nunca levantou o caneco. Sua melhor colocação foi em 2015, quando conquistou o terceiro lugar. 

Esse ano chega como uma das favoritas para o título, junto com os Estados Unidos, Japão e Alemanha. A novidade ficou por conta da convocação, que foi feita por celebridades. Até o Príncipe Willian participou.

A Lionesses, como são conhecidas, são comandadas por Phil Neville, que foi treinador do Manchester United nos anos 90 e 2000. A seleção é conhecida por ter um ataque rápido e por se posicionarem bem defensivamente. A base da seleção vem de anos e o destaque vai para Nikita Parris, de 24 anos, atacante do Manchester City. Marcou 19 gols e deu sete assistências. Com a camisa da Inglaterra, já são nove gols em 24 jogos.

A Inglaterra se classificou em primeiro lugar no Grupo 1 das eliminatórias europeias. Foram sete vitórias e apenas um empate.

Provável escalação: Carly Telford; Lucy Bronze, Stephaine Houghton, Abbie McManus, Alex Greenwood; Izzy Christiansen, Keira Walsh; Fran Kirby, Nikita Parris, Karen Carney; Ellen White.

Escócia

Essa é a novata do grupo; é a primeira vez que a seleção da Escócia participa do maior evento do futebol feminino. Também fez sua estréia na Euro, em 2017.

Mesmo sem ter tanta experiência, a equipe competirá em bom nível,  mas sabe as dificuldades, já que é um grupo com potências da categoria, por isso almejam uma classificação para a segunda fase.

Há registros de quatro encontros com a seleção da Inglaterra, com uma vitória, um empate e duas derrotas. Com Argentina e Japão não há embates. Em abril desse ano, fez um amistoso com a Seleção Brasileira Feminina e venceu por 1 a 0, com gol de Kim Little.

Classificou-se em primeiro lugar no Grupo 2 das eliminatórias, com sete vitórias e uma derrota. O destaque vai para Kim Little, meia-atacante há nove anos do Arsenal. Em 2018, o jornal britânico The Times, a elegeu como a melhor jogadora do mundo.

Provável escalação: Lee Alexander; Sophie Howard, Rachel Corsie, Jen Bettie, Nicola Docherty; Lizzie Arnot, Leamne Crichton, Caroline Weir, Clair Emslie; Kim Little; Erin Cuthbert.

Argentina

A seleção hermana faz sua terceira participação no mundial. Nas outras duas, em 2003 e 2007, acabou caindo ainda nas fases de grupos. 

Mesmo sem muito prestígio no cenário mundial, é a segunda colocada no ranking da Conmebol e ganhou a Copa América, em 2006, e medalha de ouro, em 2014, nos jogos Sul-Americanos.

Sua classificação foi sofrida; após ficar em terceiro lugar -atrás de Brasil e Chile - nas eliminatórias sul-americanas, foi para a repescagem e jogou contra o Panamá. Venceu o primeiro jogo por 4 a 0 e empatou o segundo por 1 a 1.

Neste ano, a AFA (Associação de Futebol Argetina) anunciou a profissionalização do futebol feminino no país e a medida já vale para a liga desta temporada, que se inicia em junho. Cada clube terá que ter, no mínimo, oito jogadoras registradas.

Por estar iniciando a profissionalização de seu futebol, a seleção argentina não chega como favorita, já que pensa em resultados a longo prazo na categoria. Mesmo com isso, o destaque vai para a Maria Florencio Bonsegundo, que foi quem marcou o gol de empate contra o Panamá.

Provável escalação: Vanina Correa; Eliana Stabile, Adriana Sachs, Aldana Cometti, Natalie Juncos; Vanesa Santana, Lorena Benítez; Ruth Bravo, Estafanía Banini, Maria Florencio Bonsegundo; Belén Potassa.

Japão

A seleção asiática participou de todas as edições do Mundial e foi campeã em 2011, em cima dos Estados Unidos. Além disso, em 2010, conquistou medalha de ouro nos Jogos Asiáticos.

É uma seleção que tem tradição e chega como uma das favoritas ao título. Conta com jogadoras novas e poucos experientes, mas a treinadora, Asako Takukara, tem estrela. Ela é ex-jogadora e defendeu a seleção nos mundiais de 1991 e de 1995. O destaque é Mana Iwabuchi, que, com apenas 15 anos, conquistou uma Bola de Ouro.

O Japão é o único país a conquistar o mundial nas três categorias do futebol feminino (Mundial Sub-17, em 2014, Mundial Sub-20, em 2018, Mundial da categoria profissional, em 2011).

A classificação veio na Copa da Ásia Feminina, disputada na Jordânia. O Japão enfrentou a Austrália e precisava apenas marcar um gol para se classificar. O jogo acabou em 1 a 1.

Provável escalação: Yamashita Ayaka; Kumagai Saki, Ichise Nana, Minami Moeka, Sameshima Aya; Sugita Hina, Nakajima Emi, Hasegawa Yui; Momiki Yuka, Shimizu Risa, Yokoyama Kumi.