Na última sexta-feira (12), após o último treino de preparação para o retorno do Campeonato Brasileiro, o técnico Jorge Sampaoli concedeu entrevista coletiva no CT Rei Pelé. Sampaoli falou sobre a falta de dinheiro, como tem tra1balhado e sobre as dificuldades de montar a equipe alvinegra.

Sampaoli começou falando sobre a ideia de Santos que tinha quando chegou e sobre suas constantes cobranças dentro do clube: “No primeiro dia que vim ao Santos, eu tinha a ideia de construir um Santos campeão e protagonista. Reclamo ao presidente, ao gerente, aos jogadores. Temos que reclamar para estar à altura do Santos. Vivo reclamando sempre pelo Santos. É o meu clube e que tenho a obrigação de tentar levar ao máximo possível. Não importa se o clube tem problema financeiro, temos que buscar uma estrutura que faça com que o Santos tenha um time protagonista e competitivo com o que tem e que essa camisa deve ser respeitada”.

É uma particularidade de todos os dias que estou no Santos. Não importa se tem recurso, temos que respeitar a camisa do Santos todos os dias. Trabalhar para que os mais jovens tenham o cuidado necessário para serem subidos ao time profissional. Ter cuidado para eles aproveitarem as etapas de crescimento e possam jogar. Porque se não temos recurso temos que ter arte”, completou o técnico, falando sobre como tem tentado subir os jovens das categorias de base.

Sampaoli falou também sobre as dificuldades e cobranças que existem por treinar um clube como o Santos: “Temos que saber que temos que estar preparados para cada partida com o melhor que temos. A obrigação de ganhar é constante, mas é preciso ter recursos para ganhar. Eu vim porque minha imagem de Santos é a de Neymar e Pelé. O Santos grande. Temos que ganhar e ter protagonismo. A obrigação é ser responsável pelo lugar que estamos, senão é ganhar ou perder apenas. Temos que jogar como jogamos contra o Corinthians”.

Poético, o técnico foi categórico ao falar sobre sua motivação para vir ao alvinegro: “Não vim ao Santos pelo dinheiro, vim pelo Santos. Estou feliz com a cidade, com os jogadores que tenho. Não tem obrigação do clube em trazer jogadores se não temos dinheiro, mas temos que ter estrutura preparada para que não nos surpreendam neste momento”.

Sobre os jogadores que deixaram o clube, como Gabigol e Bruno Henrique no final de 2018, e Jean Lucas recentemente, Sampaoli falou que deve haver muito trabalho para se arrumar o time entre essas situações: “Nós temos que montar uma equipe que, coletivamente e individualmente, possa suprir todos os que saíram. Temos que ser inteligentes. Se não da para comprar um jogador com uma característica específica, temos que ser inteligentes. E para isso temos que trabalhar muito todos os dias”.

Perguntado sobre a possibilidade de não continuar no Santos, Sampaoli foi direto ao ponto: “Impossível (sair). Tenho um compromisso muito grande com todos aqui dentro. Estaria mentindo (se dissesse que posso sair). Tenho compromisso com todos os jogadores que estão aqui. Impossível, não abandonaria. Com o recurso que temos, temos que remendar. É isso que reclamo. Reclamarei todos os dias para que o Santos cresça”.

O Santos entra em campo no próximo sábado (13), às 19h, quando enfrenta o Bahia, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo acontecerá na Fonte Nova.

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