Parece que a confusão entre José Carlos Peres, presidente do Santos e Anderson Francisco, um dos empresários do lateral esquerdo Caju, ainda é assunto para o mandatário santista. Em entrevista sobre a apresentação do anteprojeto de retrofit da Vila Belmiro, Peres também reafirmou a soberania do clube e, segundo ele, a relação com os empresários em sua gestão teve mudanças.

"O Santos mudou a relação com empresários. Empresário não manda mais no Santos. O clube tem sua própria soberania e ele vai ter que respeitar. Quem faz o preço do atleta somos nós. Tivemos a venda do Vecchio e ela foi no mais alto nível. Ficamos dez  dias discutindo isso. Cada jogador que sai custou dinheiro ao Santos, então temos que pensar em recuperar essa quantia e valorizar o clube".

Peres confirmou que teve uma discussão ácida com o empresário do atleta santista, mas que não houve agressão de ambas as partes. O presidente estava acompanhado de um segurança e diz que o motivo foram ideias distintas sobre a venda do jogador.

Entenda o caso

Anderson Francisco conversaria com José Carlos Peres sobre a liberação de seu cliente para o Braga, de Portugal, mas não agendou uma reunião para a ocasião. O presidente do Santos não aceitava vender Caju, de 23 anos, por menos de 600 mil euros (2,5 milhões de reais), mas o agente queria 200 mil euros (845 mil reais). Com o valor o Santos teria 100% dos direitos econômicos do atleta, já que ele cederia 40% do seu passe. O Braga por sua vez aceitaria repassar ao Peixe 300 mil euros (1,2 milhão de reais) em uma futura venda do lateral esquerdo.

Caju tem contrato com a equipe da baixada santista até o fim de 2019, mas a equipe portuguesa gostaria de contar com o jogador neste momento, antes do início da temporada europeia. Vale lembrar que o jogador rejeitou duas propostas para prorrogar o contrato com o Peixe após voltar de empréstimo do APOEL, do Chipre. Caso a venda seja concretizada a equipe brasileira economizaria 1 milhão de reais até o fim da temporada.