A CBF apresentou, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (30), Pia Sundhage, nova técnica da Seleção Brasileira Feminina. Ela chega para substituir Vadão, que foi demitido após a Copa do Mundo, na França. A sueca chega com um contrato de dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois.

O presidente da entidade, Rogério Caboclo falou que que se sentia emocionado de poder trazer Pia para o comando da seleção.

"Momento histórico, de grande alegria. De trazer a melhor treinadora do mundo para o melhor futebol do mundo. A Pia dispensa apresentações, simplesmente participou das três últimas finais olímpicas. Pia conjuga a qualidade técnica com as jogadores que temos".

Ao falar com a imprensa, a nova treinadora já afirmou que vai promover mudanças na equipe, mas com cautela.

"A Seleção Brasileira precisa mudar, mas eu não acho que tem que ser muito radical, porque se não perderemos a confiança. O Brasil jogou bem na Copa do Mundo. Também não pode ser uma mudança pequena. Chego aqui com uma experiência diferente para balancear essa transformação. É claro que já estudei muito os jogos e preciso ser muito respeitosa a respeito das forças da equipe e modificar os pontos fracos".

Pia frisou a importância do desenvolvimento na base. Além disso, realçou que irá analisar a situação, mas é necessário priorizar que o país tenha jogadoras novas.

"Eu tenho que lembrá-los que se você quer melhorar alguma coisa, você tem que fazer a abordagem passo a passo. Estou aqui há dois dias e é importante que você priorize certas coisas. Meu primeiro passo é entender como as coisas funcionam. Eu trabalhei com jogadoras de 16 e 17 por um ano e meio, eu sei o que é necessário para o desenvolvimento. Se você quiser que a Seleção jogue um futebol de excelência, você precisa do sub-20 e sub-17 jogando muito bem também. Eu prometo a vocês que vai haver uma resposta, que será passo a passo. Temos que priorizar algumas coisas e garantir que no Brasil tenhamos as mais jovens jogando muito bem cedo ou tarde".

A técnica ainda argumentou que não sente pressão de ser a primeira estrangeira e lembrou que foi parecido com os Estados Unidos.

"Eu amo futebol, amo desafios, se não eu não me colocaria à disposição desse trabalho maravilhoso. Nos Estados Unidos, foi parecido. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes e fui eu. Eles também tinham jogadoras excelentes. Não sou especialista em responder perguntas, mas meu coração futebolístico será o bastante para fazer essa equipe brilhar ao máximo. Nunca estou sozinha e uma equipe de outros técnicos será importante para mim".